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São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2003

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COLÔMBIA

Antes deles, outros dois ministros de Uribe haviam deixado seus cargos após fracasso em referendo

Ministra e chefe da polícia renunciam

DA REDAÇÃO

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, perdeu ontem mais duas importantes autoridades de seu governo. A ministra do Meio Ambiente, Cecilia Rodríguez, e o chefe da Polícia da Colômbia, general Teodoro Campo, renunciaram a seus cargos.
Antes deles, dois ministros haviam renunciado: Fernando Londoño, do Ministério do Interior, e Marta Lucía Ramírez, da Defesa.
A saída dos três ministros em cinco dias indica que Uribe vive a sua pior crise política nos 15 meses de governo, apesar de ainda possuir uma popularidade superior aos 80%.
Os problemas começaram após derrota do governo Uribe no referendo, realizado em 25 de outubro. Propostas de reformas econômicas e políticas, que visavam combater a corrupção e diminuir os gastos, fracassaram.
Rodríguez, do Meio Ambiente, apresentou a sua renúncia de forma irrevogável ao presidente, que a aceitou imediatamente. Ela também acumulava o cargo de ministra da Habitação e do Desenvolvimento Territorial.
Fundadora do Partido Verde, Rodríguez, eleita senadora há dois anos, vinha sendo criticada recentemente por ex-ministros e especialistas em ambientalismo. Eles afirmavam que Rodríguez não possuía uma política ambiental clara.
Para o seu lugar, Uribe designou a diretora do Plano Colômbia de luta contra as drogas, Sandra Suárez. Publicitária, ela trabalhou na campanha do atual presidente colombiano.
"Nesse novo cenário, buscaremos cumprir os compromissos que temos com o presidente e a sua política de reativação econômica e social", disse Suárez logo após ser indicada ao cargo.
Ao assumir a Presidência em agosto de 2002, Uribe prometeu que iria manter os seus ministros durante os quatro anos de mandato. Ele já indicou substitutos para todos os ministérios nos quais houve renúncia.

Chefe de polícia
O general Campo, chefe da polícia colombiana, foi substituído em meio a uma série de denúncias envolvendo a polícia de Medellín (noroeste da Colômbia).
O chefe da polícia em Medellín, general Leonardo Gallego, também renunciou ao cargo.
A revista colombiana "Semana" publicou na sua última edição que a polícia da cidade realizou nos últimos três anos compras com recursos de gastos considerados reservados. As despesas incluem contas de restaurantes e hotéis luxuosos, licores importados, jóias, porcelanas e antiguidades.
Esse caso levou o presidente a ordenar ao seu novo ministro da Defesa, o empresário do setor de seguros Jorge Alberto Uribe, que execute todas as decisões que sejam necessárias para garantir "a transparência e a austeridade da força pública".
Para o cargo de chefe de polícia, o presidente indicou o general Jorge Castro. Atualmente ele ocupava o cargo de chefe de polícia de Bogotá.


Com agências internacionais


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