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COLÔMBIA
Antes deles, outros dois ministros de Uribe haviam deixado seus cargos após fracasso em referendo
Ministra e chefe da polícia renunciam
DA REDAÇÃO
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, perdeu ontem mais
duas importantes autoridades de
seu governo. A ministra do Meio
Ambiente, Cecilia Rodríguez, e o
chefe da Polícia da Colômbia, general Teodoro Campo, renunciaram a seus cargos.
Antes deles, dois ministros haviam renunciado: Fernando Londoño, do Ministério do Interior, e
Marta Lucía Ramírez, da Defesa.
A saída dos três ministros em
cinco dias indica que Uribe vive a
sua pior crise política nos 15 meses de governo, apesar de ainda
possuir uma popularidade superior aos 80%.
Os problemas começaram após
derrota do governo Uribe no referendo, realizado em 25 de outubro. Propostas de reformas econômicas e políticas, que visavam
combater a corrupção e diminuir
os gastos, fracassaram.
Rodríguez, do Meio Ambiente,
apresentou a sua renúncia de forma irrevogável ao presidente, que
a aceitou imediatamente. Ela também acumulava o cargo de ministra da Habitação e do Desenvolvimento Territorial.
Fundadora do Partido Verde,
Rodríguez, eleita senadora há
dois anos, vinha sendo criticada
recentemente por ex-ministros e
especialistas em ambientalismo.
Eles afirmavam que Rodríguez
não possuía uma política ambiental clara.
Para o seu lugar, Uribe designou
a diretora do Plano Colômbia de
luta contra as drogas, Sandra Suárez. Publicitária, ela trabalhou na
campanha do atual presidente colombiano.
"Nesse novo cenário, buscaremos cumprir os compromissos
que temos com o presidente e a
sua política de reativação econômica e social", disse Suárez logo
após ser indicada ao cargo.
Ao assumir a Presidência em
agosto de 2002, Uribe prometeu
que iria manter os seus ministros
durante os quatro anos de mandato. Ele já indicou substitutos
para todos os ministérios nos
quais houve renúncia.
Chefe de polícia
O general Campo, chefe da polícia colombiana, foi substituído
em meio a uma série de denúncias
envolvendo a polícia de Medellín
(noroeste da Colômbia).
O chefe da polícia em Medellín,
general Leonardo Gallego, também renunciou ao cargo.
A revista colombiana "Semana"
publicou na sua última edição que
a polícia da cidade realizou nos
últimos três anos compras com
recursos de gastos considerados
reservados. As despesas incluem
contas de restaurantes e hotéis luxuosos, licores importados, jóias,
porcelanas e antiguidades.
Esse caso levou o presidente a
ordenar ao seu novo ministro da
Defesa, o empresário do setor de
seguros Jorge Alberto Uribe, que
execute todas as decisões que sejam necessárias para garantir "a
transparência e a austeridade da
força pública".
Para o cargo de chefe de polícia,
o presidente indicou o general
Jorge Castro. Atualmente ele ocupava o cargo de chefe de polícia de
Bogotá.
Com agências internacionais
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