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Terroristas juram vingar morte de Arafat; 4 palestinos são mortos
DA REDAÇÃO
Soldados israelenses mataram
quatro palestinos em confrontos
que irromperam após a morte de
Iasser Arafat ontem, afirmaram
médicos palestinos. Segundo militantes palestinos, os conflitos
são parte de uma nova ofensiva
contra Israel para vingar a morte
do líder palestino, atribuída por
eles ao governo israelense.
Em um dos casos, militantes palestinos do Fatah, ligado a Arafat,
atacaram soldados que guardavam o assentamento israelense de
Netzarim, em Gaza, com bombas,
granadas e morteiros. Dos três
palestinos mortos no tiroteio que
se seguiu, dois estavam armados.
Não era possível determinar se o
terceiro, um rapaz palestino de 19
anos, era civil ou militante.
As Brigadas dos Mártires de Al
Aqsa, que decidiram ontem mudar seu nome para Brigadas do
Mártir Arafat, disseram que o ataque contra Netzarim, altamente
fortificado, marcava uma nova fase de ataques contra Israel para
vingar a morte de Arafat.
Abu Qusai, porta-voz do grupo,
afirmou: "Nossos grupos, junto
com irmãos de outras facções,
partiram para o campo de batalha
contra o inimigo para fazê-lo pagar o preço. Os próximos dias testemunharão conflitos violentos
contra os sionistas em toda parte". Segundo ele, a culpa da morte
de Arafat é de Israel, que o forçou
a viver em condições primitivas
em seu quartel-general em Ramallah (Cisjordânia), onde ficou
confinado por dois anos e meio.
O líder do grupo Jihad Islâmica,
Khaled al Batesh, também atribuiu a morte de Arafat ao governo
israelense. Segundo ele, o líder palestino não morreu de causas naturais e o premiê Ariel "Sharon
ajudou a matar Arafat".
Israel afirma que Arafat tinha
acesso a médicos, comida, água
corrente e eletricidade em suas
instalações, na Muqata.
Pedras
Israelenses mataram um rapaz
de 20 anos que, segundo Israel, estava entre 400 palestinos que jogavam tijolos contra carros de soldados e moradores de assentamentos judaicos em Hebron.
Palestinos também atacaram israelenses com pedras em outros
locais na Cisjordânia. Em um caso, veículos militares israelenses
foram atingidos na estrada que liga Jerusalém à Cisjordânia.
Em outro episódio, perto de Ramallah, dezenas de palestinos atacaram soldados em um posto de
controle israelense. E, segundo Israel, militares foram atingidos em
um templo na entrada de Belém.
Com agências internacionais
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