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Líderes árabes lamentam morte
DA REDAÇÃO
Apesar da relação difícil com
diversos líderes árabes, a morte de
Iasser Arafat foi lamentada pela
maioria dos governantes da região. Apenas o primeiro-ministro
do Kuait, xeque Sabah al Ahmad
al Sabaha, poupou comentários
sobre o enterro do presidente da
ANP (Autoridade Nacional Palestina). No país, Arafat é ainda considerado "um traidor" por ter
apoiado a invasão do Kuait pelo
Iraque em 1990.
Mesmo entre os sauditas, também contrariados com a posição
de Arafat em relação ao episódio,
o tom oficial de despedida foi de
lamento.
Na Arábia Saudita, o líder foi
lembrado como "símbolo da luta
palestina". O rei saudita Fahd manifestou oficialmente "grande dor
e pesar" pela morte.
Em outros países árabes, a reação à morte de Arafat também foi
de luto. O presidente do Egito,
Hosni Mubarak, chamou o líder
de "defensor dos direitos e opositor aos conflitos".
Em Bagdá, o premiê interino do
Iraque, Iyad Allawi, decretou luto
oficial: "O governo iraquiano expressa a sua tristeza em razão do
falecimento do nobre líder e decreta a partir de hoje [ontem] três
dias de luto nacional", declarou
por meio de nota oficial.
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, deu tom mais
político ao discurso de despedida
e declarou que Israel "não poderá
mais usar Arafat como uma desculpa para não promover a paz".
"Agora os israelenses devem tomar a iniciativa de mostrar boa
vontade quanto a isso."
Campos de refugiados
Líbano, Jordânia e Síria, onde
vivem mais de 2,4 milhões de refugiados palestinos, também manifestaram condolências.
No Líbano, o ex-premiê Rafik
Hariri disse que a morte "impõe
aos dirigentes palestinos o peso
de continuar a luta e a responsabilidade de preservar a unidade do
povo palestino".
A família real da Jordânia decretou luto de 40 dias, proclamando
oficialmente "a dor e a profunda
tristeza do rei Abdullah e de todo
o povo jordaniano".
Na Síria, o ministro da Informação, Mahdi Dajlalá, classificou
Arafat de "eminente resistente
palestino". "É importante que o
povo palestino conserve sua unidade nacional", completou.
O rei do Marrocos, Mohamed
6º, enviou ao primeiro-ministro
palestino, Ahmed Korei, uma
mensagem de condolências, afirmando que o líder palestino foi
"um grande combatente".
Na Tunísia, onde Arafat viveu
como exilado por 12 anos, o presidente Zin el Abidin Ben Ali enviou carta de apoio ao presidente
interino da ANP, Rawhi Fatouh.
Com agências internacionais
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