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NO BRASIL
Petista defendeu o reconhecimento do Estado palestino; ex-presidente tucano prometeu ajuda
Arafat se encontrou com Lula e FHC
DA REDAÇÃO
Na única vez em que esteve no
Brasil, em outubro de 1995, Iasser Arafat manteve encontros
tanto com o então presidente
Fernando Henrique Cardoso como com o seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente
brasileiro, Luiz Inácio Lula da
Silva, se encontrou com o presidente da Autoridade Nacional
Palestina, Iasser Arafat.
Lula e Arafat almoçaram juntos no dia 17 de outubro daquele
ano. Também estavam no encontro José Dirceu, à época presidente do PT, e os então governadores petistas Cristovam
Buarque (Distrito Federal) e Vitor Buaiz (Espírito Santo).
Na saída do encontro, Lula defendeu o reconhecimento do Estado palestino: "Na medida em
que há um acordo, todos os países democráticos do mundo deveriam reconhecer a existência
do Estado palestino".
No mesmo dia, FHC condecorou o líder palestino com a Grã-Cruz do Cruzeiro do Sul e prometeu uma ampla colaboração
brasileira: "São muitas as áreas
em que podemos avançar com
ações específicas no curto e médio prazos: agricultura, ciência e
tecnologia, educação, formação
profissional, saúde e saneamento, transporte e administração
municipal", disse o tucano.
Segundo o embaixador palestino no Brasil, Mussa Odeh, dessas
promessas, houve apenas a vinda
de estudantes palestinos ao país.
Odeh, no entanto, ressaltou que
o Brasil sempre deu "apoio político" aos palestinos. "Nós não esperávamos ajuda financeira do
Brasil", disse à Folha ontem.
O líder do MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra) Mário Lill, 37, o gaúcho
que, entre abril e maio de 2002,
conviveu durante 22 dias no
quartel-general onde Arafat esteve confinado, em Ramallah, disse à Folha que está ""chocado"
pela morte do líder palestino e o
qualificou como um homem que
tinha ""tolerância com os grupos
mais radicais e, ao mesmo tempo, era o líder natural da OLP".
Colaborou Léo Gerchmann, da Agência
Folha, em Porto Alegre
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