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CLANDESTINO
Ex-general diz a rádio que quer chegar à Presidência de forma pacífica e não revela como voltou ao país
Oviedo afirma que está no Paraguai
das agências internacionais
O ex-general paraguaio Lino
Oviedo disse na madrugada de
ontem que está no Paraguai e que
pretende chegar à Presidência do
país "de forma pacífica".
O paradeiro de Oviedo é desconhecido desde quinta-feira, quando deixou clandestinamente a Argentina, onde estava asilado, um
dia antes da posse do presidente
Fernando de la Rúa, que havia
prometido rever o asilo concedido pelo então presidente Carlos
Menem.
Falando ao telefone "de algum
lugar do Paraguai" com a rádio
norte-americana CBS em Espanhol, o ex-militar disse que seu
país está governado por um regime anticonstitucional e que seu
dever é "fazer com que se realizem eleições nacionais" para o retorno da democracia.
Fugitivo da Justiça, que o condenou a dez anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe em
96, Oviedo disse que está escondido em "algum lugar do Paraguai"
e que sua intenção é alcançar a
"Presidência de forma pacífica".
Ele negou que pretenda liderar
uma rebelião contra o presidente
paraguaio, Luis González Macchi.
"Não preciso disso. Jamais usei a
força para ganhar eleições."
Oviedo afirmou que deixou a
Argentina para evitar problemas
ao governo De la Rúa e para não
complicar mais as relações entre
Buenos Aires e Assunção, abaladas após Menem se recusar a extraditar Oviedo após pedido da
Justiça paraguaia.
Oviedo não quis revelar como
voltou ao Paraguai. Desde que
deixou a Argentina, surgiram diferentes versões sobre o seu paradeiro, incluindo Brasil, Uruguai e
Bolívia. Ele acusou González
Macchi de estar ""violando a
Constituição" por ocupar a Presidência sem ter sido eleito.
González Macchi assumiu a
Presidência após a renúncia de
Raúl Cubas Grau, aliado de Oviedo e atualmente asilado no Brasil,
que deixou o poder após o assassinato do vice-presidente Luis
María Argaña, em março.
Oviedo é acusado pela Justiça
paraguaia de ser o autor intelectual do assassinato de Argaña, o
que ele nega.
O governo paraguaio disse que
prenderá Oviedo se o encontrar
em território paraguaio.
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