São Paulo, sábado, 12 de dezembro de 2009

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Desempenho em crise alavancou alta aprovação

DO ENVIADO A SANTIAGO

Ainda que com menor fôlego nos últimos anos por perda de produtividade, a economia chilena manteve trajetória de alta sob Michelle Bachelet, impulsada pelos altos preços do cobre, que representa 60% das exportações do país.
Mas foi a condução econômica durante a crise mundial que selou a alta aprovação da presidente -62% dos chilenos dizem que as medidas oficiais foram efetivas.
Por norma aprovada no governo anterior, de Ricardo Lagos (2000-2005), o Chile economiza em tempos de vacas magras e é um dos poucos países que podem elevar o gasto público em recessões -em 2009, a despesa total subiu 6%; a social, 8%; e os gastos em infraestrutura, 9%.
Sem conseguir, por ora, transformar sua popularidade em votos a Frei, segundo colocado nas pesquisas, nos bastidores Bachelet se engajou na campanha na reta final. Reforçou a presença de assessores na equipe do ex-presidente e o discurso em temas de direitos humanos -estratégia para tentar reaglutinar a esquerda contra o empresário de centro-direita e favorito Sebastián Piñera.
Vítima da ditadura, Bachelet inclusive escolheu a área de direitos humanos para seu trabalho após deixar a Presidência -a reeleição é proibida no país. Será diretora do novo Museu da Memória, iniciativa estatal de resgate das violações cometidas no regime militar. (TG)


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