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Desempenho em crise alavancou alta aprovação
DO ENVIADO A SANTIAGO
Ainda que com menor fôlego
nos últimos anos por perda de
produtividade, a economia chilena manteve trajetória de alta
sob Michelle Bachelet, impulsada pelos altos preços do cobre, que representa 60% das
exportações do país.
Mas foi a condução econômica durante a crise mundial que
selou a alta aprovação da presidente -62% dos chilenos dizem que as medidas oficiais foram efetivas.
Por norma aprovada no governo anterior, de Ricardo Lagos (2000-2005), o Chile economiza em tempos de vacas
magras e é um dos poucos países que podem elevar o gasto
público em recessões -em
2009, a despesa total subiu 6%;
a social, 8%; e os gastos em infraestrutura, 9%.
Sem conseguir, por ora,
transformar sua popularidade
em votos a Frei, segundo colocado nas pesquisas, nos bastidores Bachelet se engajou na
campanha na reta final. Reforçou a presença de assessores na
equipe do ex-presidente e o discurso em temas de direitos humanos -estratégia para tentar
reaglutinar a esquerda contra o
empresário de centro-direita e
favorito Sebastián Piñera.
Vítima da ditadura, Bachelet
inclusive escolheu a área de direitos humanos para seu trabalho após deixar a Presidência
-a reeleição é proibida no país.
Será diretora do novo Museu
da Memória, iniciativa estatal
de resgate das violações cometidas no regime militar.
(TG)
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