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PAQUISTÃO
Jornalista está em Karachi, afirma xeque Omar
Suspeito por sequestro de Pearl é preso e diz que repórter está vivo
DA REDAÇÃO
A polícia paquistanesa prendeu
ontem o xeque Ahmed Omar
Saeed, 29, o principal suspeito pelo sequestro do jornalista americano Daniel Pearl. Segundo a polícia, o militante islâmico nascido
no Reino Unido afirmou que o repórter ainda está vivo.
O chefe da polícia de Karachi,
Tariq Jamil, disse que o xeque
Omar, como é conhecido, foi preso em Lahore e seria levado a Karachi para mais interrogatórios.
"Durante a investigação inicial,
ele disse que Pearl estava vivo e
em Karachi", afirmou Jamil.
Pearl, 38, repórter do "Wall
Street Journal", desapareceu em
Karachi em 23 de janeiro enquanto tentava contatar grupos radicais islâmicos e investigar ligações
entre Richard Reid, que tentou
detonar explosivos escondidos
nos sapatos num vôo Paris-Miami em dezembro, e a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden.
O xeque Omar foi preso na Índia em 1994, acusado de sequestrar quatro turistas, e libertado
em 1999, com dois outros militantes islâmicos, em troca de 155 reféns em um avião sequestrado e
levado a Candahar (Afeganistão).
A polícia indiana o acusa de ter
transferido US$ 100 mil a Mohammad Atta, um dos sequestradores dos aviões usados nos atentados de 11 de setembro nos EUA.
Omar, filho de um comerciante
de roupas de Wanstead ( leste de
Londres), estudou na prestigiosa
London School of Economics.
Sua prisão conta pontos a favor
do presidente paquistanês, Pervez
Musharraf, que chegaria ontem
aos EUA para uma visita oficial.
A Índia, que declarou achar
"suspeita" a coincidência de datas, pediu a extradição do xeque.
"Parece um pouco suspeito que
ele tenha sido preso um dia antes
de Musharraf se encontrar com [o
presidente dos EUA, George W."
Bush", disse o ministro-assistente
das Relações Exteriores da Índia
Omar Abdullah. "Gostaríamos
que ele fosse entregue à Índia."
Afeganistão
Yunus Qanooni, ministro interino do Interior do Afeganistão,
em entrevista publicada ontem
no jornal "Asharq al Awsat", disse
que membros "influentes" dos
serviços de inteligência paquistaneses estão "protegendo Bin Laden e o mulá Omar, ocultando
seus movimentos e abrigando líderes do Taleban e da Al Qaeda".
Khalid Pashtoon, assessor do
governador de Candahar, Gul
Agha Sherzai, disse ontem que 15
líderes do Taleban estavam negociando sua rendição.
Com agências internacionais
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