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EUA limitam informação e criticam TVs árabes
DA REDAÇÃO
Está cada vez mais difícil conseguir informação imparcial no Iraque. Com a intensificação da luta,
autoridades americanas acirraram uma outra batalha, pela opinião pública, controlando rigidamente o fluxo de informações.
Os militares americanos divulgam comunicados e realizam
"briefings" quase diários na capital iraquiana. No entanto, a distância entre o que é dito e as informações que chegam do terreno
cresceu muito nas últimas semanas. Muitas perguntas endereçadas aos militares encarregados de
lidar com a imprensa ficam sem
respostas.
Em nenhum outro lugar a guerra da mídia é mais evidente do
que em Fallujah, onde, na semana
passada, os marines lançaram
uma operação em resposta ao assassinato seguido de mutilação
dos corpos de quatro americanos.
Esquivando-se de perguntas sobre vítimas civis, o vice-chefe de
operações do Exército americano,
general Mark Kimmitt, descreveu
a ação em Fallujah como "tremendamente precisa, tremendamente prudente, e completamente dentro das regras de combate".
As poucas imagens independentes que saíram da cidade cercada sugerem o contrário. Imagens gravadas pela agência de notícias Reuters, que demoraram
um dia para chegar a Bagdá, mostravam crianças mortas e velhos e
mulheres feridos em clínicas improvisadas lotadas.
Kimmitt diz não ter informações precisas sobre vítimas civis e
nega que os Estados Unidos retenham dados sobre as atividades
militares. "A única coisa que não
divulgo são as [informações] classificadas. Acho que desenvolvemos aqui uma operação extremamente transparente."
Em entrevista coletiva anteontem, Kimmitt afirmou que os veículos da mídia que disseram que
os americanos são responsáveis
por grandes números de vítimas
civis deveriam ser ignorados. "Sobre as imagens de forças americanas e da coalizão matando civis
inocentes, meu conselho é que
mudem de canal. As emissoras
que estão exibindo americanos
matando mulheres e crianças não
são canais legítimos."
Ontem, o comandante das forças americanas no Iraque, o general John Abizaid, acusou as redes
árabes Al Jazira e Al Arabiya de
mentir sobre os ataques em Fallujah. "Elas não estão sendo honestas, não estão sendo precisas. Está
absolutamente claro que as tropas
estão fazendo seu melhor para
proteger os civis e ao mesmo tempo atingir os alvos militares."
Jihad Ballout, porta-voz da Al
Jazira, disse que a TV também entrevistou oficiais americanos,
"para ser o mais equilibrada possível". "Não acredito que as imagens mintam. Nós tentamos ser o
mais abrangente que pudemos."
"Sabemos que o Iraque é um
país livre e estamos praticando a
responsável liberdade da imprensa que cobre todos os lados da história", afirmou Salah Negm, editor-chefe da Al Arabiya.
Com agências internacionais
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