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EUROPA
Nova legislação reforça programas já existentes de subsídio do Estado para empregadores; cai mais aprovação de Chirac
França substitui polêmica lei de emprego
DA REDAÇÃO
A Assembléia Nacional francesa aprovou ontem medidas para
estimular a contratação de jovens,
em substituição à lei do primeiro
emprego, responsável por dois
meses de protestos de rua e que
foi arquivada segunda-feira pelo
presidente Jacques Chirac.
A nova legislação, que será hoje
discutida pelo Senado, reforça
programas já existentes e aumenta os subsídios do Estado para
empregadores dispostos a contratar recém-formados ou jovens de
baixa qualificação.
A lei do primeiro emprego estimulava a contratação por meio da
redução de encargos sociais. Mas
com os direitos trabalhistas também reduzidos -como a possibilidade de demissão sem causa formalizada-, sindicatos e associações de estudantes denunciaram
a suposta institucionalização da
insegurança no trabalho.
As medidas votadas ontem dizem respeito a três formas de contrato já em vigor. O principal deles aumenta de 150 para 400 o
subsídio oficial mensal para empresas que se disponham a contratar. Um outro programa, em
lugar de apenas dispensar as empresas de recolher a taxa de Seguridade Social, também dá um
subsídio de 200 por mês por cada jovem contratado.
As medidas foram aprovadas
por 151 votos a 93 -socialistas e
comunistas votaram contra, argumentando desejar uma discussão mais ampla sobre os jovens e
o mercado de trabalho.
Também ontem uma pesquisa
do instituto Ipsos mensurou os
efeitos previsíveis da crise na taxa
de aprovação do presidente Chirac. Ela caiu de 40% para 29%, entre março e abril.
Ao mesmo tempo -o que deixou a oposição surpresa- pela
primeira vez um dos cenários
eleitorais coloca a ex-ministra socialista Segolene Royal, 54 anos e
mãe de quatro filhos, em empate
técnico nas intenções de voto para
as eleições presidenciais de 2007.
Ela teria 51%, contra 49% ao ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, que é também o presidente
da UMP, o partido majoritário de
centro-direita.
O primeiro-ministro Dominique de Villepin, desprestigiado
pela crise aberta com a lei do primeiro emprego, decidiu ontem
adiar a adoção de medida sugerida pelo governo que proibiria o
ato de fumar em locais públicos.
A iniciativa encontrava oposição dos fumantes e proprietários
de bares e restaurantes. Mas era
defendida pelos grupos de pressão antitabagistas.
Com agências internacionais
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