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Israel desmobiliza reservistas
DA REDAÇÃO
O Exército de Israel desmobilizou parte dos reservistas que haviam sido convocados para uma
possível operação militar na faixa
de Gaza em retaliação a um atentado perto de Tel Aviv que matou
15 pessoas na semana passada. A
ação foi suspensa por tempo indeterminado.
Em Belém (Cisjordânia), cerca
de mil pessoas foram às primeiras
cerimônias religiosas em mais de
um mês na igreja da Natividade
-cercada por 38 dias, até sexta-feira, por Israel, que buscava "terroristas" refugiados no local.
O ministro da Defesa de Israel,
Benyamin Ben Eliezer, afirmou
que a decisão de não realizar a
ofensiva na faixa de Gaza por enquanto foi tomada para dar "uma
chance para as negociações de paz
e esperar um pouco".
"O que nós faremos, o tamanho
de uma operação, tudo dependerá do outro lado, e nos reservamos o direito de agir quando e como quisermos", disse o ministro.
Segundo a imprensa israelense,
o ataque foi suspenso por pressão
dos EUA, que quer uma pausa na
violência para tentar implementar negociações diplomáticas.
A ofensiva na faixa de Gaza seria
uma resposta ao atentado suicida
que matou 15 pessoas em um clube de bilhar perto de Tel Aviv (Israel) na terça-feira. A região foi
poupada da ofensiva israelense,
restrita à Cisjordânia, realizada a
partir de 29 de março em reação a
onda de atentados suicidas e encerrada na sexta-feira com o levantamento do cerco a Belém.
Os israelenses afirmam que a
operação na faixa de Gaza, assim
como a da Cisjordânia, buscaria
desmantelar uma infra-estrutura
terrorista. Os palestinos afirmam
que Israel busca reocupar os territórios sob administração da Autoridade Nacional Palestina.
Israel afirma que o anúncio antecipado da ofensiva na faixa de
Gaza fez com que muitos militantes procurados pudessem se esconder.
Belém
Com a realização de missas dos
vários ramos do cristianismo, foram retomadas as atividades,
após mais de cinco semanas de interrupção, na igreja da Natividade
em Belém, onde, de acordo com a
tradição cristã, nasceu Jesus.
O papa João Paulo 2º disse no
Vaticano ter sentido um grande
alívio com o fim do cerco e a retomada das missas e pediu o restabelecimento da confiança entre
palestinos e israelenses.
Até 200 pessoas, entre militantes palestinos armados, civis, religiosos e ativistas estrangeiros ficaram refugiados na igreja da Natividade a partir de 2 de abril, após
os militantes palestinos se refugiarem no local. Para o impasse
ser encerrado, Israel, que buscava
13 palestinos considerados terroristas, concordou que eles fossem
deportados ao Chipre e posteriormente a países europeus. Israel
disse que pedirá a extradição dos
militantes aos países onde eles forem asilados, o que deve ser definido hoje pela União Européia.
O líder palestino Iasser Arafat
anunciou que viajará hoje para as
cidades palestinas de Belém, Jenin
e Nablus, na sua primeira viagem
após o fim do seu confinamento
em seu quartel-general em Ramallah (Cisjordânia).
Na faixa de Gaza, um palestino
matou seu chefe israelense com
um tiro na cabeça, do lado de fora
da colônia judaica de Rafiah Yam.
O grupo extremista Brigadas dos
Mártires de Al Aqsa, ligado ao Fatah (grupo político de Arafat), reivindicou a ação.
Ao menos 1.347 palestinos e 474
israelenses já morreram desde o
início da Intifada, a revolta palestina contra a ocupação israelense,
em setembro de 2000.
Com agências internacionais
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