DA REDAÇÃO

O chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schröder, e o premiê britânico, Tony Blair, convocaram a Europa a resistir à reemergência da extrema direita no continente. Os dois líderes se encontraram ontem em Berlim, onde também discutiram sobre a situação do Oriente Médio e do Afeganistão.
"Nós estamos inteiramente de acordo quanto à necessidade de que todos os democratas se unam contra políticas extremistas de qualquer tipo", afirmou Blair.
"Essas políticas não oferecem nenhuma segurança real, nenhuma esperança real, nenhuma resposta real aos problemas que os cidadãos enfrentam, e por isso nós as rejeitamos completamente", acrescentou ele.
O choque causado pela ascensão do ultradireita Jean-Marie Le Pen no primeiro turno das eleições presidenciais na França, no mês passado, mostrou a força de movimentos xenófobos na Europa.
"As tendências de renacionalização da política devem ser contidas para que não se convertam numa ameaça para o processo de integração européia", enfatizou Schröder.
O chanceler alemão relatou a Blair sua recente visita ao Afeganistão, onde pôde constatar, segundo suas palavras, o reconhecimento do governo interino e do povo afegão pelo trabalho dos soldados da força internacional de segurança.
Sobre o Oriente Médio, Tony Blair disse que "a situação na região é perigosa e inquietante". "É uma tragédia. O tema da segurança é importante, mas antes é preciso reativar o processo de negociação de paz", afirmou.



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