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País anuncia novo passo para produzir bomba
DA REDAÇÃO
Acirrando a tensão em torno
de seu programa nuclear, a Coréia do Norte anunciou anteontem que completou a retirada de 8 mil varetas metálicas
contendo plutônio do reator de
seu principal complexo nuclear, em Yongbyon. A medida
permite que o país obtenha
combustível para confeccionar
bombas atômicas.
A Coréia do Norte proíbe a
entrada de inspetores nucleares no país desde 2002, o que
torna impossível checar as informações. Segundo a imprensa sul-coreana, caso reprocessadas, as varetas podem liberar
plutônio suficiente para produzir duas bombas.
Em fevereiro, o governo norte-coreano afirmou que tinha
armas nucleares, e, recentemente, Mohamed El Baradei,
chefe da agência nuclear da
ONU (AIEA), disse que o país
tinha plutônio suficiente para
produzir até seis bombas.
O anúncio norte-coreano
ocorre em meio a especulações
sobre um teste nuclear que, segundo autoridades dos EUA,
seria promovido em breve. Satélites espiões registraram imagens da escavação de um túnel
que a inteligência americana vê
como indício do teste.
Pyongyang disse que os EUA
estavam "fazendo tempestade
num copo d'água", mas não
confirmou nem negou o teste.
Nesta semana, o secretário-assistente de Estado Christopher Hill, o principal negociador americano para a questão,
deve visitar a Coréia do Sul a
fim de tentar trazer Pyongyang
de volta à mesa de negociação.
Ontem, foi a vez da China de
exortar Washington e Pyongyang a mostrar "flexibilidade"
e a retomar as conversas sobre
o desarmamento.
"As negociações em seis partes são o único modo de resolver o impasse nuclear na península da Coréia", disse a China. As conversas, que envolviam a Coréia do Sul, o Japão, a
China e a Rússia, além dos EUA
e da Coréia do Norte, foram
abandonadas em fevereiro.
A medida é uma tentativa de
evitar que o país seja submetido a sanções, já que os EUA
não descartam levar o caso ao
Conselho de Segurança da
ONU. Pyongyang diz que uma
ação como essa equivaleria a
uma "declaração de guerra".
Com agências internacionais
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