São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 2011

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Após terremoto, Espanha tenta lidar com desabrigados

Tremor de anteontem no sudeste do país matou nove e levou milhares de pessoas a dormir em acampamentos

Em Lorca, cidade mais atingida, 80% dos prédios sofreram danos e há filas nos pontos de distribuição de comida


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um dia depois do pior terremoto em quatro décadas na Espanha, o governo luta para acomodar e alimentar milhares de desabrigados.
Os dois tremores consecutivos, de magnitudes 4,5 e 5,1 na escala Richter, que atingiram o sudeste do país, deixaram nove mortos e ao menos 290 feridos.
Na cidade de Lorca, a mais atingida, cerca de 80% das residências sofreram danos - 56% das quais ainda estão impróprias para moradia.
Enquanto autoridades examinam prédios atingidos, milhares de pessoas permanecem nas ruas.
Temendo réplicas, muita gente se recusa a voltar para casa mesmo depois de especialistas terem garantido condições de segurança.
Ao menos 15 mil moradores, o equivalente a um sexto da população da cidade, ainda estão acomodados em três grandes acampamentos montados pelo governo. Também há gente dormindo em praças e nas ruas.
Cerca de 1.400 agentes do governo (bombeiros, militares, médicos etc.) e 150 veículos do Exército estão mobilizados para auxiliar a população que está nas ruas, a maioria imigrantes estrangeiros sem familiares que possam hospedá-los.
Pontos de distribuição de água e alimentos foram organizados em parques, formando longas filas.
O Exército montou um hospital de emergência na cidade para atender os feridos.
Pedaços de prédios e entulho encheram algumas ruas de Lorca, que nasceu no período do Império Romano e tem também estruturas medievais que recebem turistas nacionais e estrangeiros.
Muitos carros foram esmagados pelos terremotos, que aconteceram anteontem no final da tarde.
O primeiro-ministro, José Luis Zapatero, prometeu que seu governo "não irá poupar nenhum meio econômico" na tarefa de reconstruir e revitalizar a cidade.
O terremoto é o mais grave dos últimos 50 anos ocorrido na Espanha e o primeiro com mortes desde 1969, quando quatro pessoas faleceram em decorrência de ataques cardíacos.


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