São Paulo, sexta, 13 de junho de 1997.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Aviões quebram 'atmosfera'

de Londres

A chuva e o barulho dos aviões que passam frequentemente sobre o teatro devem ser os maiores obstáculos para o sucesso do Globe.
Com olhar otimista, pode-se até dizer que a primeira dá um ar mais "real" ao que seria o verdadeiro teatro shakespeariano, que o Globe tenta reproduzir em detalhe.
Por sorte, Londres tem vivido um período incomum de seca. Anteontem, porém, alguns pingos caíram durante o ensaio geral para o espetáculo assistido ontem pela rainha.
Não foi o suficiente para afugentar os portadores dos ingressos mais baratos, de 5 libras (US$ 8), ao ar livre e de pé.
Quem pagar mais caro, até 15 libras, tem direito a um duro assento de madeira. Para amenizar o problema, almofadas são alugadas por uma libra.
O mesmo não se pode dizer dos aviões. A passagem das aeronaves, pelo menos três durante a apresentação de anteontem, torna quase impossível ouvir o que os atores dizem no palco.
Os aviões conseguem quebrar a atmosfera criada pela música tocada pelo bom grupo de músicos, pelas roupas de época, pelo toque do sino antes do espetáculo em vez da campainha ouvida nos teatros "modernos".
O ator que representou Richard Barbage, provavelmente o primeiro Hamlet, disse na performance de anteontem que o Globe pretende ser um lugar onde os espectadores podem "dormir, comer e ir embora, se quiserem". (PHB)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.