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Eficácia de "ataques seletivos" é questionada
DA ASSOCIATED PRESS
Israel chama de "ataques seletivos" as ações que visam atingir palestinos que pretendem cometer
atentados terroristas contra civis
israelenses. Os palestinos dizem
que os ataques com mísseis israelenses são assassinatos realizados
em locais populosos que geralmente matam inocentes.
Os recentes ataques israelenses
em Gaza reabriram o debate sobre a moralidade e a eficácia política da estratégia israelense.
Israel considera os ataques uma
peça importante para destruir os
grupos terroristas palestinos. Mas
críticos dizem que as mortes de
membros de grupos terroristas
pouco fizeram para eliminar o
terrorismo.
De novembro de 2000 a 31 de
maio, Israel matou 103 palestinos
considerados alvos e 53 civis, de
acordo com o grupo de direitos
humanos israelense B'tselem.
Desde terça, pelo menos outros 20
morreram, sendo a metade civil.
O ex-ministro israelense Ephraim Sneh afirma que os ataques
são o mais eficiente modo de
combater o terrorismo e atingir a
infra-estrutura dos grupos terroristas. "Eles são seletivos. São cirúrgicos em muitos casos. Visam
os mentores dos ataques, os organizadores da atividade terrorista."
"Os alvos são os que fazem a lavagem cerebral nos suicidas, são
as pessoas que possuem informação de inteligência", diz.
Há dúvidas sobre a eficácia dos
ataques e se eles conseguem conter o terrorismo. Em geral, o Hamas realiza retaliações a esse tipo
de ataque israelense, como no
atentado de anteontem.
Muitos israelenses dizem que os
ataques continuariam de qualquer maneira e os terroristas precisam ser combatidos.
O ataque contra Abdel Aziz
Rantissi, líder do Hamas, recebeu
críticas ao redor do mundo, inclusive dentro de Israel e do presidente dos EUA, George W. Bush,
por ser uma ação que fomenta o
novo ciclo de violência.
O grupo B'tselem diz que os ataques são assassinatos extrajudiciais. Muitas vezes, afirma o grupo, essas ações são desproporcionais aos benefícios que trazem.
"O governo e o Exército israelense
têm a obrigação de proteger civis
israelenses, mas precisam fazer isso dentro da lei", disse Yael Stein,
diretor do B'tselem.
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