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Powell assume papel de mediador
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado dos
EUA, Colin Powell, planeja se reunir no próximo dia 22 com representantes de Rússia, União Européia e Nações Unidas na Jordânia,
em um esforço para tentar evitar
o fracasso do plano de paz entre
Israel e palestinos. O encontro deve acontecer em Amã, após uma
viagem de Powell à Ásia, segundo
o porta-voz do Departamento de
Estado, Richard Boucher.
Powell, assumindo o papel de
principal mediador americano
para a região, telefonou ontem
aos chanceleres de Israel, Silvan
Shalom, do Egito, Ahmed Maher,
da Arábia Saudita, Saud al Faisal,
e da Jordânia, Marwan Muasher,
para ajuda para controlar a violência na região.
Powell disse ontem, em entrevista à agência Associated Press,
que o premiê palestino, Abu Mazen, deve agir mais rápido para
controlar os grupos terroristas.
"Acredito que ele pode fazer mais.
Ele disse que faria mais."
Os EUA devem enviar a Israel,
no fim de semana, o ex-diplomata
John Wolf, encarregado de liderar
uma equipe americana que vai
monitorar os progressos da implementação do plano de paz,
proposto por EUA, União Européia, ONU e Rússia.
Wolf deve se reunir com líderes
palestinos e israelenses para tentar manter o plano vivo. Será a
primeira viagem de Wolf ao
Oriente Médio desde a sua indicação para liderar a equipe de monitoramento, na semana passada.
Os esforços do presidente George W. Bush pela paz na região foram colocados em xeque nesta semana, com uma nova onda de
violência. O governo americano,
que na terça-feira criticara Israel
em tom mais duro que o habitual
por um ataque em Gaza contra
Abdel Aziz Rantissi, um dos líderes do grupo terrorista palestino
Hamas, sinalizou ontem com um
apoio à ofensiva israelense contra
a organização, responsável por
um ataque suicida anteontem que
deixou 17 mortos em Jerusalém.
Após a repreensão a Israel, Bush
foi alvo de críticas e pressões por
parte de políticos democratas e
grupos de lobby pró-Israel, que
defenderam o ataque a Rantissi
como parte dos esforços do país
contra o terrorismo.
A posição foi ontem encampada
pela Casa Branca. "A questão é o
Hamas. Os terroristas são o Hamas", disse o porta-voz de Bush,
Ari Fleischer. "Não será um telefonema [de Bush] que fará o Hamas deixar de ser terrorista."
Os apoiadores de Israel dizem
que Sharon tem o direito de combater os militantes responsáveis
pelos ataques terroristas, comparando suas ações com os ataques
americanos contra membros da
rede terrorista Al Qaeda, responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
Eles também querem que Bush
pressione os líderes europeus, que
se recusam a cortar laços com o líder palestino Iasser Arafat, acusado de incentivar o terror.
Com agências internacionais
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