São Paulo, sexta-feira, 13 de julho de 2001

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Brasil diz que está tomando providências

DA REDAÇÃO

A maioria das vítimas brasileiras do tráfico de seres humanos são mulheres e meninas, exploradas sexualmente em países da Europa, EUA, Israel e Japão.
Segundo o Departamento de Estado dos EUA, "jovens são traficados com mais frequência domesticamente no mercado de trabalho agrícola" ou enviados como "atletas" para a Europa.
Alguns empresários levam brasileiros em geral de 15 a 20 anos para a Europa com a promessa de grandes salários em atividades esportivas. Lá, quando a promessa se mostra falsa, acabam aderindo a subempregos.
"[Eles] são submetidos a condições humilhantes ou coagidos a aderir a outras áreas de exploração, como a prostituição", diz o relatório.
"O Brasil assinou um protocolo contra o tráfico de seres humanos, e pretendemos trabalhar mais eficazmente com outros países para prevenir e combater essa prática", disse à Folha Maria das Neves Araújo, coordenadora de projetos de cooperação técnica internacional entre o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher e o Departamento da Criança e do Adolescente do Ministério da Justiça.
"Fechamos um projeto de pesquisa que trata do tráfico de mulheres, crianças e adolescentes para fins de exploração sexual no Brasil", afirmou Araújo. "Há uma mobilização nacional contra isso, envolvendo a sociedade civil e o governo."
Segundo ela, "ainda não há dados estatísticos sobre o número de pessoas afetadas pela exploração sexual, mas há um sistema nacional de denúncias". O telefone 0800-990500 recebe, das 8h às 19h, com abrangência nacional, denúncias de casos de exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes, incluindo pedofilia e tráfico de seres humanos. (PDF)



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