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ÁSIA
Reunião de alto escalão faz "progressos", dizem autoridades
Coréias retomam diálogo após 9 meses e evitam temas econômicos
DA REDAÇÃO
No primeiro dia de reunião entre ministros das duas Coréias em
Seul (capital sul-coreana), foi discutido intercâmbio esportivo entre os dois países, a construção de
uma ferrovia que atravesse a fronteira e a realização de encontros
de parentes que estão separados
entre os dois lados. Não houve
discussão de temas econômicos.
O encontro, que se encerra
amanhã, é o primeiro entre autoridades do alto escalão dos dois
países em nove meses. No ano
passado, após os atentados de 11
de setembro, as relações bilaterais
esfriaram porque os Estados Unidos incluíram a Coréia do Norte
entre os países do "eixo do mal",
ao lado do Irã e do Iraque.
As propostas de ontem foram
feitas pela Coréia do Sul e não há
detalhes sobre a resposta dos norte-coreanos. Autoridades dos
dois lados disseram que foram
feitos "progressos". Os sul-coreanos querem primeiro implementar o que já vinha sendo estudado
antes e somente depois começar a
analisar novas propostas.
A península coreana foi ocupada por americanos e soviéticos ao
final da Segunda Guerra (1939-45), e, em 1948, a divisão foi formalizada: Coréia do Sul, aliada
dos EUA, e Coréia do Norte, comunista e aliada da URSS. Entre
1950 e 53, os dois países entraram
em guerra. Não houve acordo de
paz, apenas trégua.
Mesmo com o fim da URSS, a
Coréia do Norte continuou fechada para o mundo. Em 2000 foi iniciada um processo de reconciliação, e o presidente da Coréia do
Sul, Kim Dae-jung, recebeu o Nobel da Paz. Os dois países competiram sob a mesma bandeira nos
Jogos Olímpicos de Sydney.
Mas, no ano passado, as relações esfriaram e culminaram com
choques navais em junho.
Kim quer deixar como herança
de seu mandato uma reaproximação entre o sul e o norte. Em
dezembro serão realizadas eleições presidenciais na Coréia do
Sul. O atual presidente não pode
tentar a reeleição.
"Tanto a Coréia do Sul como a
Coréia do Norte não têm muito
tempo agora", disse Koh Yu-hwan, professor de assuntos norte-coreanos da Universidade Dongguk, de Seul. "No sul, haverá eleições; no norte, há uma forte
necessidade de ajuda externa para reconstruir o país."
Com agências internacionais
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