DA REDAÇÃO

Uma corte militar de Israel aprovou ontem decisão de expulsar da Cisjordânia para a faixa de Gaza três familiares de palestinos procurados por terrorismo.
Eles ainda podem recorrer à Suprema Corte de Israel. O governo israelense tenta utilizar a expulsão para desestimular os palestinos a cometerem atentados terroristas.
Os dois homens e uma mulher condenados ontem têm até as 12h de hoje para apelar da sentença. Promotores militares os acusam de ter ajudado seus irmãos na preparação de ataques.
A iniciativa é criticada por grupos de defesa dos direitos humanos, que dizem que a expulsão viola o direito internacional.
O Hamas afirmou ontem que continuará a organizar atentados em Israel, rejeitando uma iniciativa de cessar-fogo debatida por outros grupos armados palestinos. Militantes de 13 organizações se reuniram em Gaza para tentar redigir manifesto em defesa do fim dos ataques a civis israelenses. A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) também se opôs ao cessar-fogo.
Antes de uma trégua, os grupos palestinos exigem que Israel desocupe as áreas reocupadas ao longo da segunda Intifada, iniciada em setembro de 2000. Os israelenses dizem que só sairão quando a Autoridade Nacional Palestina (ANP) se mostrar disposta e capaz de combater o terror.