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Georgiano recebe apoio de ex-satélites soviéticos
DA REDAÇÃO
Presidentes da Polônia e líderes das ex-repúblicas soviéticas da Ucrânia, Lituânia, Letônia e Estônia juntaram-se ao
presidente georgiano, Mikhail
Saakashvili, num comício ontem em que jurou "punir" a
Rússia por lançar o maior ataque contra o país desde o esfacelamento da URSS, em 1991.
"Nosso vizinho acha que pode lutar contra nós. Estamos
dizendo que não", disse o presidente da Polônia, Lech
Kaczynski, sobre a Rússia.
Pelo menos 150 mil manifestantes tomaram a principal rua
de Tbilisi em apoio a Saakashvili. O presidente apareceu à
multidão durante uma pausa
do encontro com Nicolas Sarcozy, que lhe apresentou o plano de paz negociado com a Rússia. Sarcozy, no entanto, não
participou do comício.
No comício, Saakashvili disse
que tiraria a Geórgia da CEI e
classificou os soldados de manutenção da paz russos na Ossétia do Sul e na Abkházia como
"forças de ocupação".
Aplaudiu-o a multidão, que
erguia cartazes onde se lia: "Te
amamos, Misha" (diminutivo
de Mikhail) e pôsteres mostrando o primeiro-ministro
russo Vladimir Putin como terrorista.
Parte dos manifestantes ainda acreditava na contra-informação, difundida na véspera
pelo governo georgiano, de que
a Rússia teria capturado a cidade de Gori, a cerca de 70 quilômetros da capital, e seguido em
frente para atacar Tbilisi, relatou o jornal britânico "The Independent".
"Somos uma nação de guerreiros e lutaremos até o fim.
Vamos destruir os russos e retomar Gori, tirá-los da Ossétia
do Sul e recuperar a Abkházia",
disse Gia Loria, 53.
A última manifestação nessa
escala em Tbilisi fora em novembro passado, com a pressão
de partidos de oposição pela renúncia de Saakashvili. Os protestos foram reprimidos e eleições presidenciais, antecipadas
para janeiro. Saakashvili venceu com 53% dos votos, em
meio a denúncias de fraude.
Com a guerra, Saakashvili ganhou aura de herói anti-russo.
No entanto, o apoio pode ser
revertido caso seja responsabilizado pela população por precipitar a reação russa, com o
ataque-surpresa à capital da
Ossétia do Sul.
Com agências internacionais
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