São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 2002

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TERROR

Segundo Al Jazeera, líder do Taleban promete lutar para "liberar" o Afeganistão; Itália prende 15 suspeitos de integrar Al Qaeda

TV árabe diz ter recebido fax do mulá Omar

DA REDAÇÃO

A rede de TV árabe Al Jazeera disse que recebeu um comunicado do mulá Mohamad Omar, líder do grupo extremista islâmico Taleban, no qual ele afirma que o "combate" deve continuar até que o Afeganistão seja "liberado".
"Ele [Omar] avisou que a guerra santa deve continuar até que o Afeganistão seja liberado e os ensinamento islâmicos, retomados", disse a Al Jazeera em um de seus noticiários.
A rede de TV mostrou um papel que supostamente teria sido escrito pelo mulá Omar. Segundo a Al Jazeera, o comunicado foi emitido anteontem.
Na declaração atribuída ao líder religioso, Omar descreve os EUA como "arrogantes" e diz que o país "estava planejando atacar o Afeganistão antes dos eventos de setembro" do ano passado.
A emissora não explicou de onde o mulá Omar teria conseguido supostamente enviar a mensagem por fax. Um funcionário da Al Jazeera disse à agência de notícias Reuters que a declaração parecia legítima depois de ser comparada com comunicados prévios do Taleban.
Após os atentados terroristas de 11 de setembro, o governo norte-americano acusou o Taleban, que controlava a maior parte do Afeganistão, de abrigar o terrorista saudita Osama bin Laden e iniciou uma ofensiva militar que derrubou o grupo, no poder desde 1996.
Não se conhece o paradeiro do mulá Omar nem de Bin Laden. O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, disse estar convencido de que Omar está vivo e acusou grupos ligados ao deposto Taleban de tentar matá-lo na semana passada.

Prisões na Itália
A polícia italiana informou que prendeu 15 cidadãos paquistaneses que carregavam passaportes falsos na Sicília. Eles são acusados de ligação com a rede terrorista Al Qaeda de Bin Laden.
Santi Giuffre, chefe da polícia local, descartou a possibilidade de que eles estivessem planejando um atentado terrorista.
Os paquistaneses estavam em um cargueiro que havia saído de Casablanca (Marrocos). Seguiam para a costa da Líbia quando o cargueiro foi desviado para as águas italianas por falta de mantimentos.
Após sua chegada à Sicília, em 5 de agosto, os paquistaneses foram levados a um centro de detenção de imigrantes ilegais.
Autoridades locais receberam informações de serviços de inteligência dos EUA e da Itália.


Com agências internacionais

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