São Paulo, domingo, 13 de setembro de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice RETA FINAL Chanceler frisa queda do desemprego
especial para a Folha, de Berlim O chanceler federal Helmut Kohl investirá, na reta final de sua campanha, nas conclusões do último relatório sobre a situação do mercado de trabalho alemão, divulgado semana passada. Segundo o documento, vem caindo o desemprego na Alemanha -principal tema de campanha dos social-democratas contra o governo. O país conta com pouco mais de 4 milhões de desempregados. No início do ano, este número chegou a quase 5 milhões. Enquanto especialistas afirmam ainda não ver nos números uma grande virada na situação do mercado de trabalho, Kohl já vem propagando para os próximos meses um número abaixo dos 4 milhões. A CDU-CSU vem assistindo a uma pequena ascensão nas pesquisas de opinião, com 37% dos votos, segundo o Instituto Emnid. O SPD estacionou com 42% dos votos. Ninguém arrisca dar a vitória do SPD como certa. Afinal, nos pleitos anteriores, Kohl sempre acabou se reelegendo chanceler, revertendo resultados até então favoráveis ao SPD. Além disso, ainda é grande o número de eleitores indecisos. Estes, segundo as pesquisas, afirmam poder definir seu voto em cima da hora, o que dá ainda esperança ao CD e ao CSU. Outro importante tema de campanha são as possíveis coligações que poderão sustentar o próximo governo alemão. Kohl e seus correligionários, como o governador bávaro, Edmund Stoiber, propagam, por exemplo, o "perigo vermelho", caso houvesse uma vitória do SPD. Mesmo que o SPD vença as eleições para o Parlamento, ele não terá maioria absoluta e, por isso, precisará se coligar com outros partidos para poder governar. Neste caso, os social-democratas deverão se coligar com o Partido Verde, que aparece com 6% das intenções de voto. Outra possibilidade é a Alemanha ter, pela segunda vez na história, uma grande coligação entre SPD, CDU e CSU, com Gerhard Schröder chanceler federal. A dúvida, no caso de uma coligação com o Partido Verde, é se os social-democratas ainda precisarão do apoio dos socialistas do PDS para obter maioria. O PDS (Partido do Socialismo Democrático) é uma herança do partido único que governava, com meios nada democráticos, a extinta Alemanha Oriental. (SB) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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