DA REDAÇÃO

"Se voltar ao cargo de primeiro-ministro, a primeira coisa que farei será exilar [o líder palestino Iasser] Arafat", disse ontem o ex-premiê Binyamin "Bibi" Netanyahu, atual chanceler de Israel. De acordo com Netanyahu, "a remoção de Arafat é essencial para acabar com o terrorismo".
As declarações do ex-premiê acontecem em um momento em que ele disputa a liderança do seu partido, o Likud, com o primeiro-ministro Ariel Sharon. A decisão será no fim do mês. O vencedor será indicado como premiê em caso de vitória do Likud nas eleições parlamentares de janeiro. O partido é favorito.
Em resposta a Bibi, Sharon afirmou que "a segurança não se consegue com slogans". O premiê preferiu não dizer o que pretende fazer com Arafat. Para Sharon, "as ações não podem ser feitas com afobação".

Resposta
Israel realizou ontem incursões no campo de refugiados palestinos de Tulkarem (Cisjordânia) e em vilas vizinhas. A ação foi uma resposta ao atentado contra o kibutz Metzer, no domingo, que deixou cinco mortos.
A retaliação israelense foi menos dura do que em ocasiões anteriores. Apenas duas pessoas foram presas. Ninguém morreu, apesar da troca de tiros. Cerca de 30 tanques foram utilizados na operação.
Na vila de Shweike, ao norte de Tulkarem, o Exército de Israel demoliu a casa de Mohammed Naifeh, acusado de ter sido o organizador do ataque ao kibutz.