São Paulo, sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estudantes brasileiros no Reino Unido constituem fatia pequena

DE GENEBRA

O Brasil ainda provê uma fatia pequena, embora crescente, dos imigrantes no Reino Unido. O consulado brasileiro em Londres estima em 200 mil os brasileiros que vivem hoje no país. A maior parte permanece irregularmente após entrar como turista (o visto não é necessário) ou estudante.
Embora o Reino Unido seja um destino comum de brasileiros que querem estudar no exterior, a parcela que os estudantes brasileiros representam é só de 2% do total de estudantes que o país recebe. A fração também é pequena dentro do total de brasileiros emigrados ao Reino Unido- foram 19 mil em 2008. Mas o número é 142% maior do que em 2002.
A imensa maioria (17.163) se inscreveu em cursos de inglês -exatamente o público visado pelas medidas de Brown.
Mas são os europeus do leste e os asiáticos os alvos maiores das medidas, por razões diversas. Os "encanadores poloneses" se tornaram o grande símbolo da onda de trabalhadores menos qualificados do leste que afluiu ao país com a expansão da União Europeia na última década. A libra esterlina torna o Reino Unido especialmente atraente -embora Londres tenha entrado para a UE, não adotou a moeda comum. Mesmo perdendo terreno mais recentemente, a libra esterlina ainda vale 10% mais que o euro.
O inchaço da população muçulmana, boa parte dela proveniente de ex-colônias como o Paquistão, também virou uma questão delicada. A integração tem se tornado mais difícil. O quadro piorou com os atentados de 2005, executados por imigrantes muçulmanos de segunda geração, que mataram 52 pessoas em Londres.
Desconfiados, os britânicos se tornaram mais arredios em relação aos imigrantes muçulmanos. Um recente documentário da rede BBC mostrou os abusos e agressões (verbais e físicas) sofridos por dois repórteres que se disfarçaram como um casal de imigrantes muçulmanos asiáticos no país.
Outro segmento que cresce e ganhou menção especial de Brown no discurso é o dos refugiados de guerras, sobretudo afegãos. Muitos chegam à França e tentam atravessar o Canal da Mancha escondidos em caminhões. (LC)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Brasil quer encontro de Chávez com Uribe
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.