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JUSTIÇA
Weizman é acusado de ter recebido presentes de empresário
Israel vai investigar escândalo que envolve presidente do país
das agências internacionais
A polícia de Israel recebeu ordens ontem para começar a investigar o presidente Ezer Weizman,
acusado de aceitar ilegalmente
presentes no valor de cerca de
US$ 450 mil de um empresário
francês entre 1988 e 1993 -período em que atuou como deputado
e ministro.
"Decidimos que devemos continuar a investigar o caso", afirmou o procurador-geral israelense, Elyakim Rubinstein.
Weizman, que ainda tem pela
frente três anos de seu segundo
mandato presidencial, sofre pressão para renunciar.
O cargo de presidente no país
possui atribuições mais cerimoniais do que práticas. O chefe de
governo é o primeiro-ministro,
posto atualmente ocupado pelo
trabalhista Ehud Barak.
Fontes ligadas a Weizman disseram ontem que ele não vai renunciar e que pretende provar
sua inocência.
"Sei exatamente o que fiz e o
que não fiz, e por isso tenho forças
para seguir adiante", afirmou
Weizman ontem.
A Rádio Israel, citando fontes
do Ministério da Justiça, disse ontem que a promotoria pública
ainda não tem provas suficientes
para indiciá-lo.
Em declarações ao diário "Haaretz", a mulher do presidente,
Reuma Weizman, disse não saber
"se somos milionários no banco,
mas somos bilionários em amigos", referindo-se às mensagens
de apoio que vem recebendo.
A Justiça decidiu prorrogar a
detenção do contador Avi Flexer,
que cuidava dos fundos considerados ilegais de Weizman e é suspeito de ter destruído documentos que poderiam incriminá-lo.
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