São Paulo, Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2000


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JUSTIÇA
Weizman é acusado de ter recebido presentes de empresário
Israel vai investigar escândalo que envolve presidente do país

das agências internacionais

A polícia de Israel recebeu ordens ontem para começar a investigar o presidente Ezer Weizman, acusado de aceitar ilegalmente presentes no valor de cerca de US$ 450 mil de um empresário francês entre 1988 e 1993 -período em que atuou como deputado e ministro.
"Decidimos que devemos continuar a investigar o caso", afirmou o procurador-geral israelense, Elyakim Rubinstein.
Weizman, que ainda tem pela frente três anos de seu segundo mandato presidencial, sofre pressão para renunciar.
O cargo de presidente no país possui atribuições mais cerimoniais do que práticas. O chefe de governo é o primeiro-ministro, posto atualmente ocupado pelo trabalhista Ehud Barak.
Fontes ligadas a Weizman disseram ontem que ele não vai renunciar e que pretende provar sua inocência.
"Sei exatamente o que fiz e o que não fiz, e por isso tenho forças para seguir adiante", afirmou Weizman ontem.
A Rádio Israel, citando fontes do Ministério da Justiça, disse ontem que a promotoria pública ainda não tem provas suficientes para indiciá-lo.
Em declarações ao diário "Haaretz", a mulher do presidente, Reuma Weizman, disse não saber "se somos milionários no banco, mas somos bilionários em amigos", referindo-se às mensagens de apoio que vem recebendo.
A Justiça decidiu prorrogar a detenção do contador Avi Flexer, que cuidava dos fundos considerados ilegais de Weizman e é suspeito de ter destruído documentos que poderiam incriminá-lo.


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