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"O Exército está aqui", diz Clark ao apoiar Kerry
DA REDAÇÃO
"Senhor, permissão para subir
a bordo. O Exército está aqui."
Com essa frase, o general de quatro estrelas da reserva Wesley
Clark anunciou ontem a John
Kerry, em Madison (Wisconsin),
seu apoio para fazer do senador
de Massachusetts o candidato do
Partido Democrata à Presidência
dos Estados Unidos.
Clark, um ex-eleitor de Richard
Nixon e Ronald Reagan que só há
poucos meses converteu-se em
democrata, desistiu da corrida na
quarta-feira. O general, que segundo o "New York Times" teve
sua candidatura estimulada pelo
casal Bill e Hillary Clinton, entrou
tarde na disputa e não conseguiu
traduzir em votos dos democratas
o prestígio que conseguiu como
comandante da Otan (aliança militar ocidental) entre 1997 e 2000.
O apoio de Clark foi bem recebido por Kerry, que agora é alvo de
muitos ataques. Anteontem, o site
da campanha do presidente George W. Bush passou a exibir um
anúncio em que acusa o senador
de ter fortes laços com "interesses
especiais" (lobistas, empresas poderosas e milionários) -acusação que Kerry faz a Bush.
Seis milhões de americanos receberam um e-mail com o endereço do site em que o vídeo pode
ser assistido e uma mensagem
que critica a afirmação de Kerry
de que ele iria fechar a porta para
os interesses especiais ("a única
porta que ele mostrou aos interesses especiais é a porta da frente do
seu escritório", diz a nota republicana). Uma porta-voz do senador
afirmou que a iniciativa da campanha de Bush é "mais uma tentativa de evitar a discussão honesta
de temas".
Kerry também foi obrigado a
abordar a informação, divulgada
pelo site Drudge Report (o mesmo que revelou o caso entre Clinton e Monica Lewinsky), de que
teve uma amante entre 2001 e
2003. "Não há nada a dizer. Isso
não me preocupa", afirmou.
As próximas prévias democratas acontecem hoje em Nevada e
no Distrito de Columbia e terça-feira em Wisconsin.
Com agências internacionais
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