São Paulo, sábado, 14 de fevereiro de 2004

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"O Exército está aqui", diz Clark ao apoiar Kerry

DA REDAÇÃO

"Senhor, permissão para subir a bordo. O Exército está aqui." Com essa frase, o general de quatro estrelas da reserva Wesley Clark anunciou ontem a John Kerry, em Madison (Wisconsin), seu apoio para fazer do senador de Massachusetts o candidato do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos.
Clark, um ex-eleitor de Richard Nixon e Ronald Reagan que só há poucos meses converteu-se em democrata, desistiu da corrida na quarta-feira. O general, que segundo o "New York Times" teve sua candidatura estimulada pelo casal Bill e Hillary Clinton, entrou tarde na disputa e não conseguiu traduzir em votos dos democratas o prestígio que conseguiu como comandante da Otan (aliança militar ocidental) entre 1997 e 2000.
O apoio de Clark foi bem recebido por Kerry, que agora é alvo de muitos ataques. Anteontem, o site da campanha do presidente George W. Bush passou a exibir um anúncio em que acusa o senador de ter fortes laços com "interesses especiais" (lobistas, empresas poderosas e milionários) -acusação que Kerry faz a Bush.
Seis milhões de americanos receberam um e-mail com o endereço do site em que o vídeo pode ser assistido e uma mensagem que critica a afirmação de Kerry de que ele iria fechar a porta para os interesses especiais ("a única porta que ele mostrou aos interesses especiais é a porta da frente do seu escritório", diz a nota republicana). Uma porta-voz do senador afirmou que a iniciativa da campanha de Bush é "mais uma tentativa de evitar a discussão honesta de temas".
Kerry também foi obrigado a abordar a informação, divulgada pelo site Drudge Report (o mesmo que revelou o caso entre Clinton e Monica Lewinsky), de que teve uma amante entre 2001 e 2003. "Não há nada a dizer. Isso não me preocupa", afirmou.
As próximas prévias democratas acontecem hoje em Nevada e no Distrito de Columbia e terça-feira em Wisconsin.


Com agências internacionais


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