São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

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Irmandade quer eleições em até três meses

DO ENVIADO AO CAIRO

Embora considere positivos os primeiros passos da junta militar, a Irmandade Muçulmana espera que as eleições aconteçam em no máximo três meses.
Considerado como o mais forte da oposição egípcia, o grupo estuda a opção de se unir em coalizão a outros partidos para disputar o pleito e ainda não decidiu se terá candidato próprio.
"Queremos a eleição o quanto antes, em no máximo três meses", disse à Folha o porta-voz do grupo, Esam al-Arian. "As medidas tomadas até agora foram corretas, mas queremos mais informações de como será a transição".
A cautela em relação às Forças Armadas se explica pela repressão sofrida pelo grupo nos anos de Mubarak. Ilegal como partido político, mantém uma ampla rede social, que inclui projetos de educação e saúde.
Agora, ninguém tem dúvidas de que a organização terá papel importante no cenário político egípcio.
O temor muitas vezes citado no Ocidente, de que a Irmandade tentará tornar o Egito uma teocracia islâmica é ironizado por Al-Arian.
"O Ocidente é hipócrita. Apoia eleições livres, mas quer escolher quem vence."
Questionado se o acordo de paz com Israel deve ser mantido, Al-Arian também sai pela tangente. "Israel deve respeitar os direitos do povo palestino, o que aliás é uma obrigação incluída no acordo de paz."
(MN)


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