São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

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Faraó famoso teve vida repleta de tragédias

RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO

Tutancâmon é um dos personagens que mais sofreu na história. É uma vida trágica, mais de mil anos antes de Cristo.
Só é possível concluir isso por causa de peças arqueológicas, como as roubadas agora no Egito, e em função do DNA.
Hoje sabemos que ele teve de se casar com uma meia-irmã ainda criança e virou rei aos nove anos.
O seu pai-sogro e a sua mãe eram também irmãos. Não surpreende, então, que junto à tumba de Tutancâmon tenha sido encontrada uma quantidade desproporcional de "remédios" da época -ele tinha uma saúde frágil.
Não conseguia andar direito (tinha mais de 130 bengalas), não conseguiu ter filhos. Provavelmente problemas genéticos fizeram com que os fetos morressem nas duas vezes em que a esposa engravidou.
Seus lábios eram deformados e sua coluna, segundo estudos, era torta. Passou a vida com febre e calafrios. Pesquisas indicam que ele teve malária.
Não foi à toa, então, que ele morreu aos 19 anos. Mas não há como ter certeza que a causa foi doença, descartando que algum inimigo o tenha matado.
Seu reinado não teve nada de especial. Ele ficou famoso porque sua tumba, encontrada em 1922, estava muito bem preservada.
Ele sofreu até depois de morrer: seu pênis acabou se descolando do seu corpo em uma autopsia talvez pouco cuidadosa já no século passado. O "objeto arqueológico" foi dado até como desaparecido nos anos 1960, mas em 2006 arqueólogos divulgaram que ele está preservado.


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