São Paulo, quarta-feira, 14 de março de 2007

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Culto em latim ganhou força em Trento

FÁBIO CHIOSSI
DA REDAÇÃO

Os ritos da Igreja Católica começaram a ser celebrados em latim quando a religião se expandiu pelo Império Romano.
"Os primeiros ritos não eram praticados em latim", diz o teólogo Fernando Altemeyer, da PUC-SP, mas em aramaico, "já que Jesus e seus discípulos não eram romanos".
No Concílio de Trento, (1545-1563), ganhou força a liturgia romana -culto católico praticado no Império Romano- e, conseqüentemente, a missa em latim. Uma das atribuições do concílio foi padronizar a celebração das missas.
"Paradoxalmente", diz Altemeyer, "o papa João 23 (1958-1963) decretou que a língua oficial da igreja é o latim". O "paradoxal" vem do fato de ele ter convocado o Concílio Vaticano 2º (1962-1965), que, entre outras recomendações, produziu a de que a missa fosse rezada na língua vernacular, em vez do latim.
O papa que sucedeu João 23 e sob o qual encerrou-se o Vaticano 2º, Paulo 6º (1963-1978), emitiu uma determinação fazendo valer a adoção da língua vernacular. À época do Concílio Vaticano 2º, o espírito da igreja era o "de tentar compreender a modernidade", avalia o professor Luiz Felipe Pondé, do Departamento de Teologia da PUC-SP. "O intuito era aproximar os fiéis da Igreja Católica."


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