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Culto em latim ganhou força em Trento
FÁBIO CHIOSSI
DA REDAÇÃO
Os ritos da Igreja Católica começaram a ser celebrados em latim quando a
religião se expandiu pelo
Império Romano.
"Os primeiros ritos não
eram praticados em latim", diz o teólogo Fernando Altemeyer, da PUC-SP,
mas em aramaico, "já que
Jesus e seus discípulos
não eram romanos".
No Concílio de Trento,
(1545-1563), ganhou força
a liturgia romana -culto
católico praticado no Império Romano- e, conseqüentemente, a missa em
latim. Uma das atribuições
do concílio foi padronizar
a celebração das missas.
"Paradoxalmente", diz
Altemeyer, "o papa João
23 (1958-1963) decretou
que a língua oficial da igreja é o latim". O "paradoxal"
vem do fato de ele ter convocado o Concílio Vaticano 2º (1962-1965), que, entre outras recomendações,
produziu a de que a missa
fosse rezada na língua vernacular, em vez do latim.
O papa que sucedeu
João 23 e sob o qual encerrou-se o Vaticano 2º, Paulo 6º (1963-1978), emitiu
uma determinação fazendo valer a adoção da língua
vernacular. À época do
Concílio Vaticano 2º, o espírito da igreja era o "de
tentar compreender a modernidade", avalia o professor Luiz Felipe Pondé,
do Departamento de Teologia da PUC-SP. "O intuito era aproximar os fiéis da
Igreja Católica."
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