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São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2003

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Forças americanas interrogam o principal cientista de Saddam

ANNE PENKETH
DO "INDEPENDENT"

Forças dos Estados Unidos interrogaram uma de suas mais importantes presas até aqui nesta guerra: um importante cientista iraquiano que se entregou quando tomou conhecimento de que estava na lista de "mais procurados" da América.
O tenente-general Amer Hammoudi al Saadi, um especialista em química educado no Reino Unido e que chefiava a equipe iraquiana nas conversações sobre desarmamento com as Nações Unidas, é descrito como "peixe grande" por funcionários da organização. É ele quem tem a chave para a verdade sobre as supostas armas de destruição em massa de Saddam Hussein.
Mas, antes de ser levado para lugar não divulgado pelo Exército dos EUA no sábado, ele seguia negando que o Iraque possuísse armas químicas ou biológicas.
O secretário de Defesa do Reino Unido, Geoff Hoon, disse acreditar que Al Saadi fornecerá informações úteis sobre armas não convencionais.
Apesar de comandantes da coalizão dizerem que estão confiantes de que vão encontrar armas de destruição em massa, ainda não localizaram nenhuma, admitiu o chefe do Comando Central dos EUA, general Tommy Franks.
Já começam a surgir diferenças entre os governos dos EUA e do Reino Unido quanto aos procedimentos para a verificação de armas que poderiam ser químicas ou biológicas.
O premiê britânico Tony Blair disse na semana passada que todo armamento suspeito teria de ser "verificado externamente", talvez pelas Nações Unidas.
Mas o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, repetiu ontem que não achava necessário envolver a ONU na busca por armas proibidas. Uma equipe de especialistas já foi enviada, mas há dúvidas de que americanos teriam a neutralidade necessária para ser considerados objetivos.


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