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Repórteres Sem Fronteiras critica CNN por contratar guarda armada
DA REDAÇÃO
O grupo Repórteres Sem Fronteiras afirmou ontem estar preocupado com o fato de jornalistas
da rede de TV norte-americana
CNN estarem viajando com uma
guarda armada. Segundo a ONG
ligada ao jornalismo, trata-se de
um "precedente perigoso", que
pode colocar outros repórteres
em situação de risco.
Repórteres Sem Fronteiras fez o
comentário depois de um incidente em Tikrit, no norte do Iraque, em que um guarda de segurança contratado pela CNN disparou sua metralhadora contra
um posto de controle quando o
comboio da rede viu-se sob fogo.
"Esse comportamento cria um
precedente perigoso, que pode
colocar em situação de risco todos
os outros repórteres que cobrem
este conflito", disse Robert Menard, secretário-geral do Repórteres Sem Fronteiras. "Há o risco
real de as forças beligerantes acreditarem que todos os veículos de
imprensa estejam armados", afirmou Menard, acrescentando que
o uso de segurança armada só torna mais confusa a distinção entre
repórteres e combatentes.
Matthew Firman, porta-voz da
CNN em Atlanta (Estados Unidos), disse que um grupo de jornalistas da rede foi apanhado por
fogo de armas automáticas de pequeno calibre a distância "relativamente próxima", quando entrava ou saía de Tikrit.
Ele afirmou que um curdo contratado como guarda de segurança respondeu ao fogo e foi levemente ferido na troca de tiros.
Ninguém mais teria sido ferido.
Ainda segundo Firman, os seguranças são contratados para
proteger jornalistas da rede. Se
necessário, podem atirar para fazê-lo. "Nós fazemos tudo o que
podemos para garantir a segurança de nossos jornalistas. Se isso
significa ter de contratar guardas
armados ou consultores de segurança, nós o fazemos. A segurança de nossa equipe é prioridade
absoluta", acrescentou o porta-voz da rede de TV.
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