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São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2003

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LIBERTAÇÃO

Marines encontram com ajuda de iraquiano sete militares que passaram 21 dias presos

EUA resgatam soldados capturados

DA REDAÇÃO

Vestindo pijamas listrados, os sete militares americanos capturados pelas tropas iraquianas no início da guerra foram encontrados ontem na estrada entre Bagdá e Tikrit com a ajuda de um iraquiano, depois de 21 dias em cativeiro. Os sete foram levados para uma base no Kuait e passam bem.
"Estou feliz por estar vivo", disse o especialista Joseph Hudson, 23, a um repórter do jornal americano "The "Washington Post" que acompanhou sua viagem até o Kuait. "Hoje é dia mais feliz da minha vida, depois do nascimento da minha filha", disse.
"Nós nos sentimos ganhando a loteria da vida", afirmou o piloto Ronald D. Young, Jr, 26.
Segundo o comando central americano no Kuait, um iraquiano teria informado o paradeiro dos ex-prisioneiros a uma unidade de fuzileiros navais americanos perto de Samarra (60 quilômetros ao norte de Bagdá). Ele provavelmente seria um soldado iraquiano cujos superiores teriam fugido com o avanço da coalizão em direção a Tikrit, a cidade do ex-ditador Saddam Hussein.
O secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, declarou à rede americana CBS que dois soldados teriam ferimentos a bala, mas estavam "razoavelmente em boa forma". Os demais estariam bem.

Seis desaparecidos
Despertado pela notícia na manhã de ontem, o presidente George W. Bush prometeu que os EUA continuarão procurando outros seis soldados que estão desaparecidos. "Rezamos para que eles também sejam libertados a salvo", disse Bush. "Mas foi ótimo começar a manhã sabendo que sete compatriotas estarão aqui em casa muito em breve."
Os soldados resgatados eram os únicos na lista de prisioneiros de guerra americanos no Iraque, após o resgate da recruta Jessica Lynch, 19, no último dia 1º, em um hospital em Nassiriah.
Entre eles, está a cozinheira do 507ª Companhia de Manutenção do Exército, Shoshana Johnson, 30 -a única mulher entre os cativos. Mãe de uma menina de dois anos, Shoshana foi capturada com outros cinco colegas no dia 23 de abril quando uma unidade de sua companhia sofreu uma emboscada na região de Nassiriah. Sua imagem foi exibida por algumas redes árabes e provocou comoção e polêmica nos EUA.
Eram da companhia de Shoshana quatro dos libertados ontem -os especialistas Hudson e Edgar Hernandez, 21, o sargento James Riley, 31, e o recruta Patrick Miller, 23. Segundo os pilotos que levaram os soldados para o Kuait, Shoshana estaria ferida no tornozelo e Hernandez, no cotovelo.
Young e David S. Williams, 30, são do 227º. Regimento de Aviação. O helicóptero que pilotavam foi derrubado em 23 de março.
Ontem, a recruta Lynch -primeira americana resgatada das linhas inimigas desde a 2ª Guerra Mundial- chegou ao hospital Walter Reed, em Washington, após dez dias no hospital de uma base americana na Alemanha tratando de fraturas e outros ferimentos. Ela passa bem.


Com agências internacionais


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