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FMI e G-7 estudam perdão à dívida externa do Iraque
LEONARDO SOUZA
ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON
O grupo dos sete países mais ricos(G-7) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) querem que o
Clube de Paris (países credores)
avalie a possibilidade de perdoar a
dívida externa do Iraque.
Anteontem, em Washington,
ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G-7
divulgaram documento no qual
ressaltaram a importância de participar da reconstrução do Iraque.
"Nós reconhecemos a necessidade de um esforço multilateral
para ajudar o Iraque. O FMI e o
Banco Mundial deveriam realizar
seu papel normal na reconstrução
e no desenvolvimento do Iraque.
É importante tratar a questão da
dívida, e nós esperamos um engajamento rápido do Clube de Paris", diz o documento.
A reconstrução do Iraque foi o
tema mais debatido no encontro
conjunto do FMI e do Banco
Mundial, encerrado ontem.
O entendimento de como será a
participação das duas instituições
na reconstrução do país ficou
mais próximo ontem. O presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, deu a entender que voltou atrás em sua avaliação de como e quando o banco poderia
ajudar na recuperação do Iraque.
Na quinta-feira passada, Wolfensohn dissera que, antes de o
banco definir como ajudaria o
Iraque, a ONU precisaria legitimar o novo governo do país. Sua
preocupação era que houvesse
uma administração iraquiana formalmente constituída, que pudesse se responsabilizar por eventuais empréstimos contraídos.
Após pressão dos EUA, Wolfensohn disse ontem que o Banco
Mundial não deverá esperar que a
ONU legitime o futuro governo
iraquiano para, então, iniciar o
processo de ajuda ao país.
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