das agências internacionais

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, participa hoje da cúpula extraordinária que reúne os 15 países-membros da União Européia, em Bruxelas (Bélgica), para discutir o conflito na Iugoslávia.
Com a participação de Annan no encontro, a convite da Alemanha, a ONU volta ao cenário das negociações. Embora no momento descarte ir a Belgrado, Annan se diz disposto a reunir-se com o presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, para discutir um plano de paz.
Annan propõe a retirada das forças iugoslavas de Kosovo e o regresso dos refugiados de origem albanesa à Província, sob a proteção de uma força militar internacional.
A proposta não teve resposta de Milosevic, mas foi bem recebida por membros da Otan, inclusive os EUA, que insistiam na Otan como principal componente de forças internacionais de paz.
Ontem, a secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright, e o ministro das Relações Exteriores russo, Igor Ivanov, se reuniram em Oslo, na Noruega, para tentar chegar a uma saída diplomática para o conflito.
Após a reunião, os dois afirmaram estar de acordo sobre "princípios básicos", como a necessidade do fim da violência em Kosovo, da retirada de forças militares da Província, do regresso dos refugiados e do acesso de organizações humanitárias a Kosovo.
O principal ponto de discordância, no entanto, é a forma e a composição da força militar internacional que garantiria a volta dos refugiados a Kosovo, afirmou Ivanov. Segundo o ministro russo, a presença de forças internacionais deve ser autorizada por Milosevic.
Os premiês da Itália, Massimo D'Alema, e da Alemanha, Gerhard Schroeder, afirmaram ontem que a Rússia e outros países não filiados à aliança militar ocidental deveriam participar das forças internacionais em Kosovo.
Segundo D'Alema, a Rússia desempenhará papel fundamental na solução do conflito. Moscou é um tradicional aliado da Iugoslávia, com quem tem laços culturais -os russos e os sérvios são majoritariamente cristãos ortodoxos.


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