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"Teve adultério, álcool e sujeira", diz soldado
DA REDAÇÃO
Militares americanos que serviram no Iraque disseram que práticas sexuais grupais e exibições
pornográficas eram comuns na
prisão de Abu Ghraib, embora os
soldados sejam proibidos pelo
Pentágono de manter relações.
"Teve todo tipo de adultério, alcoolismo e sujeira", disse Dave
Bischel, policial militar do batalhão responsável pela prisão onde
iraquianos foram torturados,
após retornar aos EUA. "Em um
prédio abandonado, foi encontrada uma cama, havia um colchão e
com velas por todo lado, com cadeiras em volta para uma platéia."
Rumores sobre sexo eram correntes em Abu Ghraib. "Uma soldado supostamente praticou sexo
sucessivamente com vários parceiros", disse o policial militar
Terry Stowe. "De tempos em tempos ocorria algo desse tipo."
Já o sargento Mike Sindar citou
rumores de que alguns policiais
fizeram sexo com prisioneiros.
Política frágil
Paralelamente, um relatório solicitado pelo secretário da Defesa,
Donald Rumsfeld, e divulgado
ontem mostrou que a política do
Pentágono para evitar abuso sexual entre os militares é "inconsistente e incompleta". O documento diz que as soldados temem
o descrédito e que não há programas de prevenção.
Mulheres que serviram as Forças Armadas no Iraque e no Kuait
nos últimos 13 anos acusaram o
Pentágono de não investigar criminalmente denúncias de abuso e
de não prestar o auxílio médico e
psicológico necessário. Para o estudo, foram entrevistados 1.300
militares em dois anos.
Com agências internacionais
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