São Paulo, sexta-feira, 14 de maio de 2004

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"Teve adultério, álcool e sujeira", diz soldado

DA REDAÇÃO

Militares americanos que serviram no Iraque disseram que práticas sexuais grupais e exibições pornográficas eram comuns na prisão de Abu Ghraib, embora os soldados sejam proibidos pelo Pentágono de manter relações.
"Teve todo tipo de adultério, alcoolismo e sujeira", disse Dave Bischel, policial militar do batalhão responsável pela prisão onde iraquianos foram torturados, após retornar aos EUA. "Em um prédio abandonado, foi encontrada uma cama, havia um colchão e com velas por todo lado, com cadeiras em volta para uma platéia."
Rumores sobre sexo eram correntes em Abu Ghraib. "Uma soldado supostamente praticou sexo sucessivamente com vários parceiros", disse o policial militar Terry Stowe. "De tempos em tempos ocorria algo desse tipo."
Já o sargento Mike Sindar citou rumores de que alguns policiais fizeram sexo com prisioneiros.

Política frágil
Paralelamente, um relatório solicitado pelo secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, e divulgado ontem mostrou que a política do Pentágono para evitar abuso sexual entre os militares é "inconsistente e incompleta". O documento diz que as soldados temem o descrédito e que não há programas de prevenção.
Mulheres que serviram as Forças Armadas no Iraque e no Kuait nos últimos 13 anos acusaram o Pentágono de não investigar criminalmente denúncias de abuso e de não prestar o auxílio médico e psicológico necessário. Para o estudo, foram entrevistados 1.300 militares em dois anos.


Com agências internacionais

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