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Detido por 11 de setembro fará autodefesa
DA REDAÇÃO
Uma juíza federal dos EUA decidiu ontem que o franco-marroquino Zacarias Moussaoui, único detido acusado de planejar os ataques de 11 de setembro, é mentalmente competente para representar a si próprio em seu julgamento, mas não poderá ter acesso a informações confidenciais vistas como essenciais para o caso por razões de segurança nacional.
Moussaoui, que alega inocência, afirmou que entendia as limitações de se representar, mas disse que o caso deveria ser arquivado de qualquer forma porque ele não manteve contato com os sequestradores que realizaram os
atentados terroristas.
"Entendo integralmente o sistema judicial dos EUA e nunca mais verei a luz", disse Moussaoui. "Mas não posso confiar minha vida a outra pessoa." Ele dissera em abril que queria demitir seus advogados -nomeados pelo tribunal- porque eles faziam parte de uma conspiração do governo e da juíza para matá-lo.
Moussaoui, 34, é a única pessoa detida acusada de conexão direta com os ataques contra Nova York e o Pentágono. Ele é acusado de conspirar com Osama bin Laden
e sua rede terrorista, a Al Qaeda, para realizar os atentados, nos quais 19 sequestradores tomaram o controle de quatro aviões e mataram mais de 3.000 pessoas. Autoridades americanas suspeitam que Moussaoui, que foi preso por
violações às leis de imigração em agosto, deveria ter sido o 20º sequestrador. Quatro dos seis crimes do qual ele é acusado podem ser punidos com a pena de morte.
Acusação de massacre
O Pentágono descartou ontem
como "infundadas" acusações
apresentadas ao Parlamento Europeu de que houve massacres de
prisioneiros do Taleban no norte
do Afeganistão com a cumplicidade de militares americanos.
Segundo Brad Lowell, porta-voz
do Comando Central dos EUA,
acusações desse tipo já haviam
surgido em março. "Eram infundadas", disse. "Analisamos as denúncias e não encontramos nada
que merecesse investigação".
O documento apresentado anteontem em Estrasburgo por iniciativa do grupo Esquerda Unida
Européia cita depoimentos que
afirmam que prisioneiros do Taleban morreram nas mãos de soldados da Aliança do Norte, asfixiados em contêneires ou executados após sua rendição.
Com agências internacionais
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