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VENEZUELA
Governistas tentavam impedir protesto opositor
Choques entre chavistas e polícia de Caracas deixa ao menos 16 feridos
DA REDAÇÃO
Ao menos 16 pessoas ficaram
feridas, sete delas à bala, durante
confrontos ontem em Caracas entre a polícia e simpatizantes do
presidente Hugo Chávez, que tentavam impedir a realização de
uma manifestação da oposição.
A Polícia Metropolitana, ligada
ao prefeito Alfredo Peña, opositor
de Chávez, disparou bombas de
gás em direção a algumas centenas de chavistas, que revidaram
com garrafas, pedras e fogos de
artifício. Um dos feridos estava
em estado grave.
Os manifestantes pró-Chávez
tentavam romper um cerco policial para chegar ao local, no bairro
Petare, onde cerca de 2.000 opositores faziam uma passeata para
cobrar um referendo para revogar o mandato do presidente.
Ambulâncias tiveram que retirar pacientes de um hospital próximo para evitar que eles fossem
intoxicados pelo gás lacrimogêneo atirado pela polícia.
O vice-presidente José Vicente
Rangel acusou a oposição de incitar a violência e ameaçou processar os responsáveis.
Os incidentes de ontem mostram que as divisões na sociedade
venezuelana permanecem, apesar
do acordo assinado no fim do
mês passado entre o governo e a
oposição para permitir a realização de um referendo sobre o
mandato de Chávez, desde que os
opositores reúnam um mínimo
de 2,5 milhões de assinaturas, como exige a Constituição.
As tensões têm sido uma constante há quase dois anos. Em abril
do ano passado, Chávez sobreviveu a um golpe de Estado que o tirou do poder por dois dias.
A oposição acusa o presidente
de governar de maneira autoritária e de arruinar a economia do
país com suas políticas esquerdistas. Chávez, por sua vez, se diz alvo de uma conspiração golpista,
com o apoio dos meios de comunicação, por ter acabado com os
privilégios das elites que governaram o país por décadas.
A oposição pretende agora reunir, a partir de agosto, as assinaturas necessárias para pedir a convocação de um referendo sobre o
mandato de Chávez, que termina
no início de 2007. Chávez diz que
referendos sobre os mandatos de
ocupantes de outros cargos eletivos -incluindo de adversários-
devem ser realizados antes da votação sobre o seu mandato.
Com agências internacionais
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