São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 2005

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Atentados terroristas matam 14, incluindo menina de seis anos

DA REDAÇÃO

Novos ataques no Iraque deixaram ontem pelo menos 14 mortos, incluindo uma criança, vítima da explosão de um carro-bomba que visava um comboio americano em Bagdá. O atentado ainda deixou cinco feridos.
Nas últimas 48 horas, a polícia iraquiana anunciou ter achado 28 corpos cravejados de balas em covas rasas ou à beira de ruas da capital. Acredita-se que a maioria seja sunita.
Além do ataque com carro-bomba que matou uma menina de seis anos, em Bagdá, outro atentado do tipo matou um soldado iraquiano e feriu três. Em Baquba, mais quatro policiais foram mortos e dez ficaram feridos em um ataque a tiros.
Em Samarra, três policiais foram mortos e 16 civis ficaram feridos na explosão de uma bomba caseira seguida por um tiroteio que durou meia hora.
Em Tikrit, outro terrorista suicida pilotando um carro-bomba matou dois policiais iraquianos e feriu seis civis. Um bombeiro também foi morto, mas as circunstâncias do atentado não foram divulgadas. Além disso, um patrulheiro iraquiano foi morto a tiros em Fallujah, e uma funcionária do Ministério do Interior foi assassinada em Bagdá.
Vinte dos 28 corpos encontrados pela polícia foram achados no deserto de Nahrawan, 30 km a oeste de Bagdá. Segundo testemunhas, eles estavam vendados e traziam as mãos amarradas. Outros oito foram encontrados domingo em dois locais diferentes de Bagdá -um deles, um subúrbio xiita.
Pelo menos 943 pessoas, entre civis e militares, foram mortas nas últimas seis semanas, desde o anúncio do predominantemente xiita gabinete de governo.

Jornalista francesa
Na França, aumenta a pressão para que o governo divulgue detalhes da libertação da jornalista Florence Aubenas, solta por seus seqüestradores no domingo com seu guia iraquiano, Hussein Hanoun al Saadi, após mais de cinco meses em cativeiro.
O diretor do "Libération", jornal para o qual Aubenas trabalha, Serge July, disse em editorial ontem que os captores da jornalista são "seqüestradores profissionais", parte de um "mercado" que se propaga no Iraque.
Embora os termos da libertação não tenham sido revelados, o jornal dá a entender que eles envolveram algum tipo de troca. O governo francês afirma não ter pago nenhum tipo de resgate.


Com agências internacionais

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