São Paulo, segunda, 14 de julho de 1997.



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MULTIMILIONÁRIOS
Dono da Microsoft é o empresário mais rico do mundo, segundo a 'Forbes'; Fidel Castro está na lista
Fortuna de Fidel entra na lista da 'Forbes'

das agências internacionais

Bill Gates, dono da Microsoft, dobrou seus bens no último ano e agora tem US$ 36,4 bilhões, confirmando pelo terceiro ano consecutivo sua posição de empresário mais rico do mundo.
A informação é da revista norte-americana "Forbes", que chega hoje às bancas com sua lista anual dos homens mais ricos do mundo.
A classificação deste ano tem uma novidade em relação às anteriores. Foi criada uma nova categoria ("Reis, rainhas e ditadores"), pois, segundo a "Forbes", essas fortunas são resultado mais de herança política do que esforço econômico.
Segundo a "Forbes", nos últimos 12 meses, a fortuna de Bill Gates aumentou em US$ 18 bilhões, atingindo o maior valor já registrado pela revista nos 11 anos em que o ranking dos homens mais ricos do mundo é publicado.
O segundo lugar é ocupado pela família Walton, dona da cadeia de varejo Wal-Mart, que chegou há dois anos ao Brasil. Calcula-se em US$ 27,6 bilhões a sua fortuna atualmente.
Em terceiro lugar aparece o investidor na Bolsa de Valores Warren Buffett, também norte-americano, com US$ 23,1 bilhões. Buffett e Gates são grandes amigos e com frequência trocam elogios publicamente.
A lista completa contém 200 nomes -na primeira edição, de 1986, havia 60. A revista calcula que devam existir mais de 500 multimilionários, a maioria dos quais herdou suas fortunas.
Sultão, Saddam e Fidel
A pessoa mais rica do planeta continua sendo o sultão de Brunei: US$ 38 bilhões. Na nova lista, ele é acompanhado pelo rei Fahd, da Arábia Saudita (US$ 20 bilhões) e pela rainha Elizabeth 2ª (US$ 16 bilhões), do Reino Unido.
Entre os ditadores, estão o presidente de Cuba, Fidel Castro (novidade na lista), com fortuna estimada em US$ 1,4 bilhão, e o presidente do Iraque, Saddam Hussein, com US$ 5 bilhões.
Foram excluídas pessoas que herdaram suas fortunas e que atualmente ou não têm renda ou não administram diretamente seu dinheiro.
Brasil
Dos 200 relacionados, 60 são norte-americanos, 56, asiáticos, 44, europeus e pelo menos 20, da América Latina.
Em primeiro lugar entre os latinos está o mexicano Carlos Slim Helu, 57, dono do grupo Carso, que tem US$ 6,6 bilhões.
No ano passado, Antonio Ermírio de Moraes, do grupo Votorantim, que tem negócios nas áreas de cimento, aço, papel e finanças e tentou sem sucesso comprar a Vale do Rio Doce no leilão de privatização, aparecia como o empresário mais rico da América Latina na lista da "Forbes".
Mas, com bens no valor de US$ 5,7 bilhões, ele continua sendo o brasileiro mais rico. Seu patrimônio aumentou: em 1996, era estimado em US$ 5,1 bilhões.
Entre os brasileiros, além de Antonio Ermírio, estão relacionados Roberto Marinho, do grupo Globo, com uma fortuna de US$ 3 bilhões (era de US$ 2 bilhões segundo a lista do ano passado) e Julio Bozano, do grupo Bozano, Simonsen, com US$ 2,3 bilhões (era US$ 2,5 bilhões no relatório da "Forbes" de 1996).
A lista completa de 1996 incluía mais sete nomes de brasileiros: família Camargo, da construtora Camargo Corrêa; Roberto e Gabriel Andrade, do grupo Andrade Gutierrez; Abílio Diniz, do Pão de Açúcar; Luiz Alberto Garcia, do ABC Algar; Leon Feffer, da Companhia Suzano de Papel e Celulose; e a família Larragoiti, do grupo de seguros Sul América.



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