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Cientista nuclear do Irã surge nos EUA e pede para voltar
Desaparecido desde 2009, Shahram Amiri diz que foi sequestrado por americanos
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
Desaparecido há mais de
um ano, o cientista iraniano
Shahram Amiri, 32, reapareceu ontem, em Washington,
afirmando ter sido sequestrado pelos americanos e pedindo para voltar a seu país.
O sumiço de Amiri foi
constatado em maio de 2009,
quando fazia peregrinação a
Meca, na Arábia Saudita. Para Teerã, ele foi sequestrado e
levado aos EUA pela CIA (serviço de inteligência do país).
Ontem, o Paquistão informou que o cientista está em
sua embaixada em Washington, onde há seção de representação do Irã nos EUA.
Washington negou ser responsável pelo desaparecimento, mas não disse como
ele entrou no país.
A secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que ele
"está nos EUA por vontade
própria e é livre para sair".
Já Mostafa Rahmani, chefe
da seção do Irã na embaixada, disse que o cientista chegou com oficiais de inteligência americanos anteontem.
Segundo ele, a embaixada
tenta mandá-lo de volta ao
país via Turquia, mas Amiri
ainda está sem passaporte.
Para Teerã, o interesse dos
EUA está no fato de que Amiri costumava trabalhar para a
Organização de Energia Atômica do Irã. O sequestro seria
tentativa de obter dados sobre seu programa nuclear,
acusado pelos EUA de ter finalidade militar.
Os EUA dizem que ele deixou seu país por medo e para
proteger sua família.
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