São Paulo, quarta-feira, 14 de julho de 2010

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Cientista nuclear do Irã surge nos EUA e pede para voltar

Desaparecido desde 2009, Shahram Amiri diz que foi sequestrado por americanos

CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK

Desaparecido há mais de um ano, o cientista iraniano Shahram Amiri, 32, reapareceu ontem, em Washington, afirmando ter sido sequestrado pelos americanos e pedindo para voltar a seu país.
O sumiço de Amiri foi constatado em maio de 2009, quando fazia peregrinação a Meca, na Arábia Saudita. Para Teerã, ele foi sequestrado e levado aos EUA pela CIA (serviço de inteligência do país).
Ontem, o Paquistão informou que o cientista está em sua embaixada em Washington, onde há seção de representação do Irã nos EUA.
Washington negou ser responsável pelo desaparecimento, mas não disse como ele entrou no país.
A secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que ele "está nos EUA por vontade própria e é livre para sair".
Já Mostafa Rahmani, chefe da seção do Irã na embaixada, disse que o cientista chegou com oficiais de inteligência americanos anteontem.
Segundo ele, a embaixada tenta mandá-lo de volta ao país via Turquia, mas Amiri ainda está sem passaporte.
Para Teerã, o interesse dos EUA está no fato de que Amiri costumava trabalhar para a Organização de Energia Atômica do Irã. O sequestro seria tentativa de obter dados sobre seu programa nuclear, acusado pelos EUA de ter finalidade militar.
Os EUA dizem que ele deixou seu país por medo e para proteger sua família.


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