São Paulo, quarta-feira, 14 de julho de 2010

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Herdeira da L'Oréal teria feito doações ilegais desde 2006

Carta publicada na web expõe orientação de como dar dinheiro a partido governista

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS

Uma carta publicada ontem no site da revista "Le Nouvel Observateur" levantou suspeitas de que a herdeira do grupo L'Oréal, Liliane Bettencourt, e o marido dela financiassem, pelo menos desde o ano de 2006, o partido governista, UMP.
O casal está envolvido em um escândalo pela acusação de ter feito doações ilegais no valor de 150 mil à campanha presidencial de Nicolas Sarkozy de 2007.
O novo episódio do caso surge apenas um dia após Sarkozy negar envolvimento, em discurso na TV.
No documento, classificado de confidencial e dirigido ao marido de Bettencourt, o administrador da fortuna explica ao casal como fazer doações de campanha sem ferir a lei. À época, Sarkozy não era candidato oficial à Presidência.
O administrador aconselha André e Liliane Bettencourt a fazer quatro cheques no valor de 7.500 cada um, teto permitido por lei para doações a partidos políticos, em nome de diferentes associações ligadas ao UMP.
A carta ainda parece contradizer o ministro do Trabalho, Eric Woerth, que negou ter se encontrado com Patrice de Maistre, o administrador da fortuna dos Bettencourt, antes de 2007 .
"Nós combinamos com o sr. Woerth que você pode mandar entregar os quatro cheques em seu nome, no UMP", diz a carta.
Ontem, Woerth anunciou que renunciará ao cargo de tesoureiro do UMP, que acumulava com o posto de ministro desde 2007.


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