GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES

O Senado argentino descartou alternativas ao projeto de lei que autoriza o matrimônio gay e decide hoje se o país terá casamento e adoção por casais homossexuais.
Ontem, o presidente interino do Senado, José Pampuro, rechaçou um texto apresentado pela oposição que propunha "união civil" em vez de "matrimônio". Apesar de conceder benefícios sociais ao casal, essa alternativa impediria a adoção, ponto mais polêmico e já aprovado pela Câmara dos Deputados.
O descarte da proposta foi defendido por parlamentares alinhados ao governo de Cristina Kirchner, favorável ao matrimônio gay.
O resultado da votação de hoje é considerado imprevisível. Os dois lados tentavam convencer os senadores indecisos na noite de ontem.
A Igreja Católica é a maior opositora ao projeto e acusa o governo de atentar contra a essência cristã do país, onde 75% da população é católica.
Ontem, milhares de católicos e evangélicos protestaram diante do Congresso. Faixas pediam a "manutenção do casamento entre homem e mulher". O movimento evita rechaçar diretamente o casamento gay para não ser considerado discriminatório.


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