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GUERRA SEM LIMITES
Pesquisa diz que o apoio ao uso de tropas terrestres cai de 57% para 40%, no caso de muitas baixas
69% nos EUA apóiam ação contra o Iraque
DA REDAÇÃO
A maioria dos americanos apoiaria um eventual ataque ao Iraque para derrubar o ditador Saddam Hussein. Segundo uma pesquisa "The Washington
Post"/ABC News, 69% se mostraram a favor da ação, desde que os
EUA não agissem sozinhos e pedissem autorização ao Congresso.
O apoio está mais ou menos estável desde o início do ano, segundo
levantamentos semelhantes.
O apoio ao uso de tropas, porém, cai de 57% para 40% quando
os entrevistados são confrontados
com a possibilidade de um grande
número de baixas do lado americano. Nesse caso, a oposição ao
ataque com tropas terrestres sobe
de 36% para 51%.
O presidente americano, George W. Bush, afirma que Bagdá está desenvolvendo armas químicas, biológicas e nucleares de destruição em massa. Para derrubar
o regime do ditador Saddam Hussein, Bush afirma que poderia até
mesmo lançar mão de uma ação
unilateral, isto é, sem o aval de
países amigos.
Porém a pesquisa indicou que
pouco menos da metade dos que
mostraram apoio continuariam a
fazê-lo se os aliados americanos
não participassem da ação.
Esse é exatamente um dos
maiores problemas dos planos do
Pentágono: o chanceler (premiê)
alemão, Gerhard Schröder -que
está em campanha eleitoral-, e o
presidente francês, Jacques Chirac, vem colocando empecilhos à
participação de seus países -só o
premiê britânico, Tony Blair, continua a ser o aliado de primeira
hora de Washington.
Aval do Congresso
Entre os americanos entrevistados, 79% acham também que
uma ação teria de contar antes
com a aprovação do Congresso.
Os governos aliados dos EUA vão
além e afirmam que um ataque só
seria legal, do ponto de vista internacional, se fosse previsto por
uma resolução do Conselho de
Segurança da ONU.
Uma coisa parece incontestável:
a grande maioria (79%) dos americanos crê que o Iraque represente uma ameaça.
Mas os entrevistados se dividiram quanto à firmeza de Bush a
respeito do Iraque e de uma eventual ação para tirar Saddam do
poder: 45% acham que o presidente tem uma política clara; 42%
acham que não.
Para 58% da população, o antecessor Bush, o democrata Bill
Clinton, mostrava uma política
clara a respeito de Bagdá.
Transporte de armas
Ontem, a Marinha dos EUA
confirmou que está procurando
grandes navios de transporte para
levar helicópteros e armas para a
região do mar Vermelho. A Marinha havia negado essa informação anteontem.
O fato de estar levando equipamento bélico para a região aumenta as especulações de que Washington estaria se preparando logisticamente para um ataque
ao Iraque.
Al Qaeda
O FBI (polícia federal dos EUA)
obteve informações de um governo estrangeiro sobre possíveis
planos para atentados da rede terrorista Al Qaeda contra Nova
York, San Francisco e Chicago,
disso o diário "The New York Times".
Segundo o "Times", essas informações foram dadas por uma
pessoa que já havia dado informações confiáveis antes.
Os alvos potenciais mais conhecidos seriam as pontes do
Brooklyn, em Nova York, e a Golden Gate, em San Francisco.
Denúncias anônimas dizem que
os ataques ocorreriam no dia 11
de setembro, quando o maior
atentado terrorista da história
completará um ano e haverá
grande mobilização popular nos
EUA para lembrar o fato.
Com agências internacionais
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