São Paulo, sábado, 14 de agosto de 2004

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Tufão deixa 115 mortos e mais de 1.800 feridos em Província chinesa

DA REDAÇÃO

Cento e quinze pessoas morreram e mais de 1.800 ficaram feridas até ontem com a chegada de um tufão na Província de Zhejiang, no sudeste da China. É o mais forte tufão a atingir o país desde 1997.
O tufão Rananim chegou à costa chinesa no fim da tarde de anteontem, deixando, de acordo com funcionários locais, 16 pessoas desaparecidas, mais de 42 mil casas destruídas e outras milhares danificadas, além do grande número de mortos e feridos.
Árvores e torres de eletricidade foram derrubadas pelas chuvas torrenciais e pelos fortes ventos -superiores a 160 km/h-, que causaram vários danos à Província agrícola, subsistente do cultivo de arroz.
Os serviços de abastecimento de água e telefone foram cortados.
"Às 17h, o tufão já matou 115 pessoas em Zhejiang, e 16 estão desaparecidas", declarou uma autoridade local. Dos mais de 1.800 feridos -a maioria devido ao desabamento das casas-, 185 estão em estado grave. Ao todo, mais de 8,6 milhões de chineses foram afetados pelo fenômeno.
Mais de 460 mil pessoas foram retiradas das zonas costeiras da Província de Zhejiang em uma tentativa de escapar da tempestade. Mesmo assim, funcionários acreditam que o número de mortos ainda tenda a aumentar, à medida que o tufão entre na área continental do país, em direção à Província de Jiangxi (leste).
"É o mais forte tufão desde 1997", disse uma autoridade local, relembrando o tufão Winnie, que matou 250 pessoas e causou prejuízos da ordem de 19,8 bilhões de yuans (US$ 2,4 bilhões).
O olho do tufão Rananim -que significa "olá" em uma língua falada na Micronésia- atingiu o continente próximo à cidade de Wenling (a 150 km ao sul de Xangai), anteontem, causando fortes chuvas e deixando a cidade às escuras, após já ter matado uma pessoa em Taiwan.
"Letreiros de lojas voavam e cortavam, como facas, pernas e braços das pessoas", declarou um médico do principal hospital da cidade. "O vento era muito, muito forte. Nós raramente vimos isso."
O governo de Zhejiang pediu ajuda a Pequim para recuperar as perdas, que já são estimadas em 15,33 bilhões de yuans (US$ 1,85 bilhão).
No sul da Ásia, pelo menos 2.070 pessoas morreram devido às enchentes provocadas pelas monções (vento típico dessa região) desde junho.


Com agências internacionais

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