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Financiamento dos EUA acirrou briga com Chávez
DA REDAÇÃO
Um dos vetores do embate
entre o governo do presidente
venezuelano, Hugo Chávez, e a
ONG Súmate, que tem como
um de seus principais líderes
María Corina Machado, está no
financiamento dado pelos EUA
a setores antichavista.
Documentos do próprio governo americano revelados no
ano passado apontam que, entre 2002 e 2004, os EUA destinaram US$ 1 milhão a grupos
oposicionistas, por meio do
National Endowment for Democracy (NED).
Desse total, US$ 53.400 foram
repassados à Súmate em setembro de 2003. Naquele ano, a
organização realizou a primeira fase de coleta de assinaturas
para o plebiscito que decidiria
mais tarde a permanência ou
não de Chávez no poder -o
que valeu à ONG a acusação de
"golpista" por parte do presidente. No documento que formaliza a transferência, o NED
diz que a ONG vai "treinar eleitores na Venezuela e encorajar
a participação no plebiscito".
Chavistas acusam ainda Machado de ter apoiado o empresário Pedro Carmona, que liderou o golpe de Estado frustrado
de abril de 2002, e apontam que
a Súmate esteve à frente dos
protestos contra o governo em
2003.
Em junho passado, Machado
apoiou na assembléia geral da
OEA a proposta dos EUA de
criação de um mecanismo para
monitorar as democracias na
região. A iniciativa tinha como
alvo principal a Venezuela.
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