São Paulo, domingo, 14 de agosto de 2005

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Financiamento dos EUA acirrou briga com Chávez

DA REDAÇÃO

Um dos vetores do embate entre o governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e a ONG Súmate, que tem como um de seus principais líderes María Corina Machado, está no financiamento dado pelos EUA a setores antichavista.
Documentos do próprio governo americano revelados no ano passado apontam que, entre 2002 e 2004, os EUA destinaram US$ 1 milhão a grupos oposicionistas, por meio do National Endowment for Democracy (NED).
Desse total, US$ 53.400 foram repassados à Súmate em setembro de 2003. Naquele ano, a organização realizou a primeira fase de coleta de assinaturas para o plebiscito que decidiria mais tarde a permanência ou não de Chávez no poder -o que valeu à ONG a acusação de "golpista" por parte do presidente. No documento que formaliza a transferência, o NED diz que a ONG vai "treinar eleitores na Venezuela e encorajar a participação no plebiscito".
Chavistas acusam ainda Machado de ter apoiado o empresário Pedro Carmona, que liderou o golpe de Estado frustrado de abril de 2002, e apontam que a Súmate esteve à frente dos protestos contra o governo em 2003.
Em junho passado, Machado apoiou na assembléia geral da OEA a proposta dos EUA de criação de um mecanismo para monitorar as democracias na região. A iniciativa tinha como alvo principal a Venezuela.

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