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PREPARATIVOS
País quer prender 50 mil fugitivos antes dos 50 anos do regime comunista; festa em Pequim terá milhões
China faz "limpeza" para celebrar regime
das agências internacionais
A China quer prender mais de
50 mil fugitivos e suspeitos procurados no país. O objetivo é "eliminar possíveis problemas e criar
um ambiente melhor para as comemorações dos 50 anos de fundação da República Popular da
China", em outubro, diz a polícia.
Mais de 500 mil pessoas, entre
soldados, modelos, antigos revolucionários e estudantes, vão desfilar em Pequim no dia 1º de outubro para comemorar o cinquentenário do regime comunista.
Haverá também o primeiro desfile militar na capital em 15 anos,
com a exibição das armas mais
modernas do país, incluindo o recentemente testado míssil de longo alcance Dong Feng.
Após o desfile, cerca de 100 mil
pessoas atuarão em um espetáculo de canto e dança na praça Tiananmen (Paz Celestial). Mais 1
milhão de pessoas atuarão em espetáculos nas outras praças e nos
parques de Pequim.
Querendo fazer uma "limpeza"
para garantir as comemorações, o
Ministério da Segurança Pública
chinês montou uma rede de informações sobre criminosos. A
polícia oferecerá recompensas
aos cidadãos que entregarem suspeitos procurados e fugitivos.
Mês passado, o governo chinês
colocou na ilegalidade a seita Fa
Lun Gong, responsável pela
maior manifestação na China
desde que os protestos na praça
Tiananmen, em 1989, foram violentamente reprimidos.
Em abril, mais de 10 mil pessoas
foram a Pequim para exigir que o
governo reconhecesse oficialmente a existência da seita.
Os adeptos da seita dizem ter
mais de 80 milhões de seguidores
no país, que tem 1,2 bilhão de habitantes. A China afirma que eles
não são mais de 2 milhões.
As autoridades já detiveram milhares dos adeptos da seita, que
mistura artes marciais e meditação, além de rejeitar o rock e o homossexualismo.
A polícia chinesa ofereceu uma
recompensa de US$ 6.000 -o
equivalente a cinco anos de salário de um trabalhador urbano no
país- por informações que levassem à prisão do líder da seita,
Li Hongzhi, que mora nos EUA.
A República Popular da China
foi fundada em 1º de outubro de
1949 com o fim da guerra civil que
opôs nacionalistas e comunistas.
O Kuomintang (Partido Nacionalista), então liderado por
Chiang Kai-shek, ocupou um arquipélago a cerca de 160 km da
costa da China continental. Fundou a República da China, hoje
mais conhecida por Taiwan.
A China considera Taiwan uma
Província rebelde e quer a reunificação. O governo de Pequim é o
único reconhecido pela ONU.
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