das agências internacionais

A China advertiu ontem os EUA de que pode ser levada a uma ação militar contra Taiwan para punir o que classifica como "recentes movimentos em direção à independência" da ilha.
Os EUA afirmam que qualquer ação contra Taiwan traria "graves preocupações". Autoridades norte-americanas disseram que tal ação levaria "a uma resposta apropriada por parte dos EUA", sem mais detalhes.
Dois dos maiores jornais norte-americanos, o "The New York Times" e o "The Washington Post", noticiaram ontem a troca de declarações.
O "Post" afirma que a mensagem chinesa teria sido levada ao conhecimento de analistas e especialistas norte-americanos aparentemente para medir a reação dos EUA a uma ação militar limitada contra Taiwan.
Essa ação poderia incluir um choque aéreo limitado, a tomada de navios de carga ou mesmo incursões de barcos de pesca, submarinos ou navios militares chineses nas águas de Taiwan.
Segundo o "The New York Times", a China poderia querer ocupar uma das ilhas não habitadas do arquipélago, que é dominado pelo governo nacionalista do Kuomintang.
O "Wen Wei Po", jornal de Hong Kong financiado pelo governo chinês, disse que um conflito militar pode começar a qualquer momento. "A situação militar está muito mais séria do que o mundo pensa", afirma o jornal comunista.
Na primeira página do "Wen Wei Po" de ontem estava estampada uma foto de um tanque saindo de um barco e outra de helicópteros sobre navios durante um treinamento. O jornal noticiou que "mais de 200 alvos-chave" foram identificados em Taiwan por militares chineses.
A tensão na região se agravou mês passado, depois que o presidente Lee Teng-hui, de Taiwan, pediu tratamento de Estado para Estado nas negociações entre China e Taiwan. Para a China, o pedido significa que Taiwan poderia abandonar a meta de reunificação com o continente, contida na política de "uma só China". Pequim considera a ilha uma Província rebelde.


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