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Atirador mata um e fere 19 em escola de Montreal
Depois, autor, que usava casaco preto e piercings, acabou morto pela polícia
Segundo testemunhas, se tratava de um homem de cerca de 20 anos; colégio fica no centro da cidade do Canadá e tem 10 mil alunos
DA REDAÇÃO
Um atirador vestindo um casaco preto abriu fogo numa escola em Montreal (Canadá),
matando pelo menos uma pessoa e ferindo outras 19, e acabou morto pela polícia.
"Pelas informações que temos, o suspeito foi morto pela
polícia", disse o chefe da força
local, Yvan Delorme, confirmando também o número de
vítimas. Um dos feridos, uma
mulher de 20 anos, acabou
morrendo no hospital.
Segundo o hospital geral de
Montreal, das 11 feridos a bala
que recebeu, seis estavam em
estado grave.
"Foi a coisa mais assustadora
que já aconteceu comigo", contou a estudante Michael Boyer.
"Corremos para fora do prédio
enquanto uma equipe policial
entrava. Eles estavam gritando
"Onde está ele? Onde está ele?".
E quando você tem 20 policiais
correndo armados na sua direção, você realmente percebe
que a sua vida está em perigo."
Testemunhas disseram ter
visto sangue na escada de acesso à escola Dawson e na cafeteria, que fica no segundo andar
do prédio, e que pelo menos 20
tiros haviam sido disparados.
Também relataram que o homem começado a atirar do lado
de fora da escola, para depois
entrar e voltar a disparar.
"Ele não disse nada. Tinha
uma feição fria. Não havia nada
no seu rosto. Ele não falou nada, não gritou um slogan ou
qualquer coisa. Só começou a
abrir fogo. Era um assassino
frio e sangrento", afirmou a estudante Soher Marous.
Casaco preto
Outra testemunha disse que
o atirador era branco, aparentava cerca de 20 anos, se vestia
com um longo casaco preto e
usava piercings. "Era o estereótipo, com o longo casaco preto e
todos os ornamentos, piercings
e coisas assim", descreveu.
A polícia ainda não havia divulgado informações sobre o
autor da ação. Não sabia dizer,
por exemplo, se ele era aluno da
escola Dawson e se havia se
concentrado em acertar mulheres, já que a única morta foi
uma mulher.
A busca inicial dos policiais
foi por três ou mais suspeitos,
mas depois houve a confirmação de que era apenas um atirador. Uma emissora de televisão
chegou a divulgar antes que havia quatro mortos, incluindo
dois atiradores.
Robert Soroka, professor da
escola Dawson, contou que ouvira os tiros da sua sala no quarto andar. "Podia ter sido uma
situação muito pior, se tivesse
ocorrido cinco minutos antes,
quando os alunos deixavam
suas classes."
A Dawson é uma escola em
língua inglesa -o francês também é língua oficial no Canadá- na região central de Montreal e conta com 10 mil estudantes entre 16 e 19 anos.
Novo caso
A cidade, a segunda maior do
país, já teve outra ação similar,
em 1989, quando um atirador
matou 14 mulheres e a si mesmo na Ecole Polytechnique.
Marc Lepine, 25, deixou na
ocasião uma carta de três páginas dizendo que feministas haviam acabado com a sua vida e
relacionando 19 personalidades femininas do Estado que
gostaria de ter assassinado.
O novo incidente em Montreal lembra ainda o da escola
Columbine, em 1999, no Colorado (EUA), por causa da roupa
preta, que também era uma
marca dos dois adolescentes
que mataram 12 colegas e se
suicidaram na ocasião.
Com agências internacionais
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