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ATENTADO EM BALI
Ataque alimenta temores de que a Al Qaeda estaria se reorganizando; EUA prometem ajuda à Indonésia
Mundo precisa enfrentar o terror, diz Bush
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, classificou ontem o
atentado em Bali (Indonésia) como um ato "deplorável" e "covarde" e disse que os responsáveis
pelo ataque eram "terroristas".
O atentado ocorreu anteontem,
no aniversário de dois anos do
ataque ao destróier dos EUA USS
Cole no Iêmen, atribuído à rede
terrorista Al Qaeda, que deixou 17
marinheiros americanos mortos.
"O mundo precisa enfrentar essa ameaça, o terrorismo", disse
Bush. "E devemos chamar esse
ato deplorável por seu nome correto: assassinato."
Ele afirmou que os EUA haviam
oferecido assistência à Indonésia,
mas não especificou se a ajuda seria na forma de especialistas americanos em contraterrorismo ou
auxílio financeiro a programas indonésios de combate ao terror.
A Embaixada dos EUA em Jacarta afirmou que estava considerando a possibilidade de diminuir
sua presença na Indonésia.
As explosões em Bali intensificaram temores de que a Al Qaeda
tenha se reorganizado e esteja planejando novos ataques.
O vice-presidente do Comitê de
Inteligência do Senado, Richard
Shelby, afirmou que as explosões
eram "definitivamente" um ato
de terrorismo. "Creio que isso seja o início de algo muito maior
que ainda vamos ver, talvez nos
EUA", disse Shelby.
Um alto funcionário do governo dos EUA afirmou à agência
Reuters que a Al Qaeda poderia
estar envolvida nos ataques. "Há
várias razões para dizer que pode
ter sido obra deles [integrantes da
Al Qaeda", mas ainda não sabemos", disse. "Eles estão há muito
tempo na Indonésia. Estão todos
fugindo do Afeganistão e têm que
ir a algum lugar."
Uma porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou ontem que uma equipe do
FBI havia sido enviada a Bali para
ajudar nas investigações.
Ontem, o governo do Kuait declarou que o líder da célula terrorista acusada por um ataque na
semana passada que matou um
fuzileiro naval americano e feriu
outro tinha ligações com a Al
Qaeda. Especialistas também afirmaram que a explosão em um petroleiro francês na costa do Iêmen
na semana passada lembrava o
ataque ao USS Cole.
O jornal "The New York Times", citando fontes de alto escalão no governo dos EUA, afirmou
que os incidentes no Iêmen e no
Kuait mostravam "que a rede terrorista se reconstituiu, com grupos menores sendo estimulados a
realizar novos ataques por novas
mensagens inflamatórias de líderes da Al Qaeda".
John Howard, premiê da Austrália -país de origem da maioria das vítimas- disse que "a
guerra contra o terror deve continuar com um vigor incansável e
um compromisso incondicional".
O premiê britânico, Tony Blair,
afirmou estar "horrorizado" com
o atentado. O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido,
Jack Straw, pôs à disposição do
chanceler indonésio, Hasan Wirayudha, especialistas em terrorismo para investigar o ataque.
O Paquistão condenou "firmemente" o ataque em Bali, dizendo
que se opõe ao "terrorismo sob
qualquer uma de suas formas".
Com agências internacionais
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