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Crise é ameaça à "sobrevivência", dizem islâmicos
DA REDAÇÃO
Um dos anfitriões da maior
convenção de países islâmicos do
planeta -o chanceler da Malásia,
Syed Hamid Albar- afirmou ontem que a ocupação americana do
Iraque e o tratamento dado por
Israel aos palestinos são ameaças
"à sobrevivência" dos muçulmanos de todo o planeta.
"Estamos reunidos aqui num
momento caracterizado por
grandes desafios à comunidade
muçulmana. As ameaças representadas pelo unilateralismo, pela
globalização e pelo terrorismo,
além da precária situação no
Oriente Médio e da incerteza sobre o futuro do Iraque, só servem
para ameaçar a nossa própria sobrevivência", declarou o ministro
na abertura da reunião de chanceleres da Organização da Conferência Islâmica (OCI), em Putrajaya, na Malásia.
A reunião de ontem da OCI, que
tem 57 países-membros, serviu
para preparar a reunião dos chefes de Estado e de governo do bloco, que ocorrerá nesta semana e
tratará da ocupação iraquiana pela coalizão liderada pelos EUA.
Mas o chanceler iraquiano afirmou que os países muçulmanos
têm de aceitar que a ocupação do
Iraque ainda durará algum tempo. "Ninguém deveria questionar
a intenção da população do Iraque de recuperar sua soberania e
sua independência total, mas não
acreditamos que isso seja fácil
atualmente. Trata-se de algo que
demanda tempo", disse Hoshyar
Zebari, representante do Conselho de Governo Iraquiano (CGI),
que foi apontado pelos EUA.
O Iraque pediu a ajuda dos países muçulmanos ao CGI e à coalizão liderada pelos EUA, incluindo
o envio de soldados para trabalhar na manutenção da paz. Mas a
idéia de criar uma força de paz
muçulmana não foi bem acolhida
pela maioria dos países da OCI.
O próprio Zebari reconheceu
que não será fácil obter o apoio
dos outros países muçulmanos
no que se refere ao envio de tropas. "Não creio que haja desejo
por parte dos países muçulmanos
de enviar soldados", disse.
Com agências internacionais
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